Pessoas com mais de 40 anos e que trabalham ao sol são o maior grupo de risco
Apenas neste ano são estimados 176 mil novos casos pelo INCA. A boa notícia é que este tipo de câncer é curável, desde que feito diagnóstico precoce e a prevenção.
Por se tratar de uma região tropical e com grande incidência solar durante o ano, os brasileiros têm grandes chances de desenvolver os dois tipos da doença: o melanoma e o não-melanoma. O mais agressivo é o melanoma; o mais incomum e representa apenas 4% dos cânceres de pele. Já o melanoma se subdivide entre carcinoma basocelular e carcinoma de células escamosas. Ambos se desenvolvem mais lentamente, porém podem se espalhar pelo corpo caso não sejam tratados.
Qual o maior órgão do corpo?
Você pode pensar no pulmão ou quem sabe no intestino delgado, mas errou. O tecido que reveste todo o seu corpo, conhecido como pele, também é definido como órgão. E se cuidamos de tantos órgãos que não são visíveis a olho nu, por que não cuidar deste grande órgão que podemos controlar e identificar visivelmente quando está com algum problema?
A primeira suspeita para os problemas de pele vem da examinação visual, que comumente é feita pelo próprio paciente. Identificar alterações na pele como crescimento de pintas ou manchas recentes, mudança na textura com escamosidade, feridas que não cicatrizam ou doem pode ser um sinal de que é preciso procurar um dermatologista.
Aprenda a olhar seu corpo e identificar possíveis alterações:
• Pare alguns minutos do seu dia, pode ser pela manhã ou antes de dormir, e observe rosto, couro cabeludo, pescoço e orelhas – dê atenção ao redor dessas regiões.
• Tronco – Verifique a frente, parte de trás e os lados do tronco.
• Braços, mãos, dedos e unhas – lembre-se de olhar para os espaços entre os dedos.
• Nádegas, pernas e pés – não esqueça de verificar entre os dedos, sob as unhas e sob as solas dos pés.
E quando você deve começar a se preocupar?
A pele fica exposta aos raios solares ultravioletas, causadores do câncer de pele, durante toda a vida. Os cuidados se iniciam ainda na infância, com a proteção da pele dos bebês, que podem fazer uso do protetor solar a partir dos seis meses. O uso de protetor solar e de acessórios como óculos e chapéus deve se tornar um hábito.
Fique atento: óculos de sol fabricados sem proteção contra os raios UV podem agravar a situação e desenvolver sérias doenças oftalmológicas.
Algumas pessoas também precisam ter mais cuidado: trabalhadores rurais ou expostos ao sol em grande parte do dia têm 3 vezes mais chances de desenvolver o câncer de pele, de acordo com o estudo divulgado pela revista científica Journal of the European Academy Of Dermatology and Venereology.
Para a dermatologista Paula Sanchez, integrante do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida, esse público deve ficar alerta e ter cuidados extras. “Pessoas que por conta da profissão precisam estar expostas ao sol devem redobrar os cuidados com a proteção da pele, passando a cada três horas o protetor solar de fator 30 ou maior. Também é importante usar peças de roupa que ajudem a criar barreiras no contato do sol com a pele, como bonés, chapéus, camisetas de manga e calças”, orienta.
Não deixe o sol se tornar seu inimigo
O sol é importantíssimo para a vida e o organismo. Com ele é possível a produção de vitamina D, que ajuda a manter o equilíbrio mineral do corpo. Ao invés de fugir, aprenda a tomar banhos de sol com moderação e nos horários corretos.
– Evite a exposição ao sol entre 10 e 16 horas.
– Utilize sempre o protetor solar em todas as áreas do corpo expostas e reaplique durante o dia.
– Em caso de trabalho ao sol prefira camisas de mangas compridas.
– Faça uso de bonés, chapéus e óculos escuros com protetor de raios UV.
– Evite bronzeamento artificial.
– Procure um dermatologista e faça uma avaliação preventiva.
Entenda melhor as diferenças entre eles:
MELANONA
– Mais perigoso
– Menos frequente
– Desenvolve-se rápido
– Aparece em qualquer região do corpo
– Nos homens é mais comum na parte superior das costas
– Nas mulheres é mais comum na parte inferior das pernas
– Pode surgir em sardas e pintas ou num local novo
– Pode ser FATAL
– Tem tratamento
NÃO-MELANONA
– Menos perigoso
– Mais frequente
– Desenvolve-se devagar
– É mais comum na parte superior do corpo, como cabeça e pescoço
– Também pode ser encontrado nas pernas
– Forma feridas que sangram, doem e não cicatrizam
– Tem tratamento