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Valor da cesta básica volta a subir na região do Grande ABC

Depois de abrir o mês de junho com elevação de 1,41%, o conjunto de 34 itens subiu 2,04% nesta semana; alface e feijão carioca foram os itens que mais subiram de preço

Pela segunda semana seguida o preço da cesta básica subiu na região do Grande ABC, de acordo com pesquisa elaborada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). Depois de apresentar elevação de 1,41%, o percentual de alta foi de 2,04% nesta semana, elevando o custo médio da cesta básica de R$ 549,68 para R$ 560,90.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pela pesquisa, Fábio Vezzá de Benedetto, os itens que mais subiram foram o alface e o feijão carioca: 27,50% e 21,84%, respectivamente. As condições climáticas tiveram papel preponderante. “Acredito que as principais altas de preços desta semana estão diretamente relacionadas com o frio intenso e as geadas dos últimos dias. No caso da verdura, para se ter uma idéia, extensas áreas cultivadas no cinturão verde de São Paulo foram completamente destruídas por conta do tempo. Além disso, o problema também se aplica a todo tipo de vegetal”, revela o especialista.

Em relação ao grão, o produto que já vinha encarecendo por diversos motivos, dentre eles os preços baixos no ano passado que desestimularam o cultivo, somados ao excesso de chuvas no final do verão acabaram ainda mais prejudicados por conta das geadas. “Particularmente, eu não acredito que haja perspectivas de queda para os preços em curto período. Pra ser sincero acho muito provável que isso só deva vir a ocorrer com a chegada das safras no verão”, concluiu.

Os outros itens que registraram as maiores altas nesta semana foram a banana, que ficou 19,41% mais cara, além do pacote de papel higiênico com oito rolos, que encareceu outros 16,21%.

Entre os produtos com as maiores retrações de preços nesta semana estão a cebola, que caiu 11,04%, a esponja de aço (10,07%), a farinha de trigo refinada (9,39%), além do pote de 500 gramas de margarina, que ficou 5,59% mais barato.