Equipe do Canal 45, a TV São Caetano

ESPECIAL – São Caetano a Cidade dos Esportes!

Em 2016 o Brasil sedia as Olimpíadas no Rio de Janeiro e o Jornal Imprensa ABC com a colaboração do jornalista e
colunista Altevir Anhê, nosso Camisa 10, contam um pouco mais da história esportiva e de alguns dos dirigentes e atletas que fizeram parte desta rica história de nossa Pequena Gigante, São Caetano do Sul que nesta data comemora mais um ano de sua fundação. Confiram abaixo muitos momentos dos esportes que elevaram o nome de nossa cidade.

Uma breve introdução…

Neste 28 de Julho, quando nossa querida cidade completa 139 anos de vida, precisaríamos de vários dias, várias laudas e milhares de linhas para descrever a história do esporte da cidade de São Caetano.

Porém, vamos descrever uma pequena mostra dos esportes e também daqueles que fizeram parte dessa história.

A Rádio Cacique foi um marco na Radiofonia do Grande ABC, e o Programa Cacique nos Esportes sob o comando do meu saudoso pai João Anhê, viveu estórias empolgantes dos nossos campos varzeanos e também da equipe profissional de futebol da época, o Cerâmica São Caetano.

Todos os domingos, João Anhê, com seu gravador “Geloso” narrava esses jogos e reprisava os gols durante seu programa Cacique nos Esportes, que ia ao ar de segunda à sexta-feira às 18 horas, na Rádio Cacique.

O Canal 45, TV São Caetano, com seu Programa ABC nos Esportes, sob a Direção Artística de Dalmo Carneiro Ferreira, fundado em 28 de Julho de 1990, que ia ao ar, durante 2 (duas) horas, toda segunda-feira às 22 horas, e que tive a honra de comandar à partir de 1997 ao lado de João Anhê, por muitos anos, sempre foi um marco na história esportiva da nossa querida cidade, mostrando semanalmente os mais diversos esportes que foram notícias durante o final de semana e muitas vezes após Jogos Escolares, Jogos Regionais, Jogos Abertos do Interior, por onde São Caetano se tornou campeão inúmeras vezes.

Atletas, professores, dirigentes, campeões estaduais, nacionais e mundiais lá estavam para serem entrevistados, sempre para mostrar a qualidade que nossa querida cidade sempre teve e o altíssimo nível dos atletas.

Mas, hoje, não podemos dizer o mesmo, só podemos ter saudades mas, com a força da mente, o brilho nos olhos, a coragem no coração, a sensatez da opinião popular, vamos manter sempre a expectativa que um dia isso vai voltar a acontecer.

É uma pena, e nos dá muita tristeza ver nossa São Caetano comemorar mais um ano de vida sem muito brilho na parte Esportiva, onde a carência de tudo que norteia nossa Cidade se tornou o grande carrasco do nosso Esporte.

Vai ser difícil, mas com certeza, com muito trabalho, muita disposição, dedicação e principalmente competência, São Caetano voltará a brilhar nos Esportes!

Bela história no futebol profissional…

No futebol profissional, o São Caetano Esporte Clube, que foi fundado no dia 1º de maio de 1914, depois de uma fusão entre o Clube dos Amigos e o Rio Branco, por várias famílias do Bairro Fundação, foi a primeira agremiação da região do Grande ABC e de São Caetano do Sul à disputar a Primeira Divisão do Campeonato Paulista de Futebol nos anos de 1929 – 1935, depois houve a fusão com o Comercial Futebol Clube da Capital, chamando-se então Associação Atlética São Bento por 2 anos.

Daí pra frente surgiram também o Cerâmica São Caetano da família Simonsen, disputando o Campeonato Profissional com inúmeros jogadores, entre eles Molina, Salvador, Galina, Meia Noite, Barreto, por onde joguei por muitos anos pelo Juvenil, disputando o Campeonato Paulista, inaugurando inclusive o Morumbi, com jogadores como Espiga, Fedato, Zé Perobo, Raimundinho, Claudionor, e muitos outros amigos de São Caetano.

Surge o C.A. Monte Alegre que ficou por pouco tempo também disputando o Campeonato Paulista de Futebol, tinha um time muito bom (com jogadores como Wilmar, Huguinho, Levy, Marinho, Claudiney e vários outros) que na época era dirigido pelo Riberto ex-lateral do São Paulo F.C., foi Campeão da Série B, 3ª Divisão, subindo para a 2ª Divisão, porém o Departamento de Futebol Profissional após o Campeonato de 1966, acabou sendo extinto.

Depois vieram a General Motors, o Transauto do amigo Zé Formiga, onde tive a honra de jogar também, e por lá passaram vários amigos de São Caetano, que disputaram a 3ª Divisão, entre eles, Espiga, o goleiro Paraná, o lateral Caculé, Luizinho Martorelli, Luiz Burro, que jogou no Cerâmica São Caetano também, e muitos outros atletas da nossa Cidade.

O Atlético Vila Alpina, do nosso querido e saudoso Aurélio Loureiro Bastos, do Natalino Borsari, do famoso vinte e sete e tantos outros amigos, do Lela Presidente na época, quando a equipe Profissional disputou por três edições o Campeonato Paulista de Futebol, de 1964 à 1966, e eu tive a honra, também, de jogar como lateral direito.

Acredito que a maior participação do Vila Alpina, foi quando fizemos um jogo no Estádio Lauro Gomes, atual Anacleto Campanella, no dia 31 de maio de 1965, para colocar as faixas de Super Campeão do Rio São Paulo, na S.E. Palmeiras, que era um excelente time, cheio de craques da Seleção Brasileira, entre eles, Dudu, Ademir da Guia, Valdir que estavam na Seleção Brasileira, do atacante Ademar Pantera, que havia quebrado a perna, Servilio, Tupanzinho, Germano, e outros como Waldemar Carabina, Geraldo Scoto, Minuca, sob o comando do Técnico Don Ernesto Filpo Nunes.
Tive o prazer de colocar a faixa de Campeão no Tupanzinho, meia gaúcho do Palestra e da Seleção Brasileira.
Nesse dia o Atlético Vila Alpina jogou com: Pinduca, Anhê, Washington, Wlade e Martins; Cica, Norberto e João Pedro; João, Jaci e Baltasar, Técnico Natalino Borsari.

Nessa época também vieram a General Motors, do amigo Jacob Bernardon, um grande amigo e um Treinador excelente muito amigo dos boleiros, mas, exigente.

O Transauto do amigo Zé Formiga, onde tive a honra de jogar também, onde passaram vários amigos de São Caetano, que disputaram a 3ª Divisão, entre eles, Espiga, o goleiro Paraná, Luizinho Martorelli, o lateral Caculé, Luizinho Burro, que jogou no Cerâmica São Caetano também, e muitos outros atletas da nossa cidade.

Transauto FC - Diretor: Zé Formiga - Massagista Mario Romano, Luizinho Martorelli, Ademir, Caculé, Pirangi, Geraldino e Paraná; agachados: Natal, Espiga, Luizinho, Quidão e Fuzi (Foto: Acervo Claudio Celiberti - Espiga)

Transauto FC – Diretor: Zé Formiga – Massagista Mario Romano, Luizinho Martorelli, Ademir, Caculé, Pirangi, Geraldino e Paraná; agachados: Natal, Espiga, Luizinho, Quidão e Fuzi (Foto: Acervo Claudio Celiberti – Espiga)

Chega o SAAD EC, fundado em 1961, do querido e saudoso amigo Felício Saad, “Bandeira branca e azul de São Caetano do Sul” “Surge um novo Campeão, SAAD do meu coração”.

Tinha bons jogadores, como Flavio, Tecão, Zaneti, Joãozinho, Luiz Augusto, Arlindo, Leoneti, goleiros, Fininho e Carlão, o artilheiro Waldomiro, Zanata, Norberto e muitos outros, até os ex-jogadores do Santos Coutinho e Dorval, Ivan Terrível ex-Corinthians, o ponta Canhoteiro que jogou pelo São Paulo F.C., no fim da carreira vestiram também a camisa azul e branca.

O SAAD sempre teve uma mescla de jogadores que já atuaram em outras grandes equipes e alguns destaques do futebol Paulista. Foi um grande time da época em nossa cidade.

O Azul e Branco de 1972 - Foto de 1972 do Saad, tirada no complexo Lauro Gomes, onde fica o estádio Anacleto Campanella, do São Caetano. Em pé: Flávio, Oscar, Celso Cebolinha, Fininho, Coppini, Arnaldo e Luiz Peres; agachados: maqueiros Oswaldo e José Peres, Fernandes, Zenetti, Arlindo (centroavante que jogou no São Paulo), Márcio, Valdir e o gandula Lelo

O Azul e Branco de 1972 – Foto de 1972 do Saad, tirada no complexo Lauro Gomes, onde fica o estádio Anacleto Campanella, do São Caetano. Em pé: Flávio, Oscar, Celso Cebolinha, Fininho, Coppini, Arnaldo e Luiz Peres; agachados: maqueiros Oswaldo e José Peres, Fernandes, Zenetti, Arlindo (centroavante que jogou no São Paulo), Márcio, Valdir e o gandula Lelo

No início teve também como Treinador entre outros, Aurélio Loureiro Bastos, nome de grande destaque no futebol de São Caetano do Sul, que dirigiu também o Santo André.

Foi um clube que participou da Primeira Divisão do Campeonato Paulista e que deu muitas alegrias aos torcedores. Fui Diretor de Futebol Profissional, e assumi como Treinador por um período de 3 (três) partidas e com muita sorte vencemos as 3 (três).

Na época áurea o SAAD E.C. fez um jogo inesquecível dentro da Vila Belmiro, quando ganhou do Santos com Pelé e tudo, e foi aplaudido ao deixar o campo, foi sempre considerado “uma pedra no calcanhar dos times grandes”.

Sr. Felício Saad que era o Presidente e dono do time é que bancava tudo, sempre preferiu dessa maneira, nunca teve muito apoio. Além dele, existia uma pessoa que cuidava de toda parte Administrativa, a nossa querida amiga Quêmella.

Quando surgiu o Azulão no final de 1989, o SAAD mudava para a cidade de Águas de Lindoia e aos poucos foi sendo extinto.

Vou tomar a liberdade dos amigos leitores e contar uma pequena história, porque foi verdade:

“Um certo dia meu amigo, nosso querido Prefeito Tortorello me chamou e como eu era o Diretor de Futebol do SAAD E.C., e tinha muita amizade com o Sr. Felício que era o Presidente do Clube, pediu para que ele viesse para uma conversa no Gabinete. Fui com ele até o Gabinete e o Prefeito Tortorello lhe fez a seguinte proposta: “O Clube continuaria a sigla SAAD E.C., porém, seria, São Caetano Associação Atlética Desportiva, e que ele, Felício Saad seria o Presidente de Honra do novo Clube”. Porém, na presença de muitos Diretores e Assessores na sala de Reunião, sentiu-se constrangido e muito inibido ele disse “Senhor Prefeito, não posso mudar o nome do único filho que tenho” e recusando a proposta, se levantou, pediu licença e saiu da sala.”

Daí prá frente todos nós sabemos o que aconteceu, porque no final do ano de 1989, venceu o Comodato do Estádio Lauro Gomes, hoje Anacleto Campanella, não foi renovado e começou a surgir o nosso AD São Caetano.

Em 04 de Dezembro de 1989, “o fato que marcou a nossa história”, foi fundado a AD São Caetano, pelo querido Prefeito Tortorello, e com muita honra, ao lado de muitos outros amigos, participei ativamente da fundação desse clube.

Como eu tinha muito contato na Federação Paulista de Futebol com o Presidente Eduardo José Farah, obviamente pela minha ligação, na época, com o SAAD E.C., consegui uma reunião com algumas pessoas de nossa cidade, entre elas, Dr. Jayme Tortorello, Alberto do Carmo Araújo e outros, e os apresentei ao Farah.

Dr. Jayme passou a ideia do nosso querido Prefeito Tortorello, que era a colocação de um time com o nome de nossa Cidade, São Caetano, e, depois de vários argumentos, Farah nos deu a liberação para iniciarmos essa meta.

Aí então surgia a AD São Caetano, um Clube que conquistou a emoção, o coração dos Brasileiros e os torcedores do país do futebol, com suas conquistas imediatistas, subindo de Série, ano após ano, deixando o torcedor brasileiro boquiaberto com tamanha grandeza de futebol, somando-se a isso jogadores do nível de Luiz Pereira, Serginho Chulapa, Vladimir, Ademar e tantos outros, que vieram para engrandecer “um clube já predestinado para a glória”, e eu tive a honra de ser Diretor de Futebol Profissional de 1989, sua fundação em 4 de Dezembro, até o final de 1991, com três subidas de Série, impressionante, chegando inclusive à Série A1, Primeira Divisão, porém o Presidente da FPF, Eduardo Farah, alterou as Divisões e o AD São Caetano, que tinha conseguido chegar a Divisão Principal, ficou na Série A2.

Início da AD São Caetano - Tião, Cacá, Guina, Taloni (autor do 1º gol do Azulão) e Paulinho Kobayashi (Foto: Acervo Altevir Anhê)

Início da AD São Caetano – Tião, Cacá, Guina, Taloni (autor do 1º gol do Azulão) e Paulinho Kobayashi (Foto: Acervo Altevir Anhê)

Em 2004, liderado pelo Técnico Muricy Ramalho, a A.D. São Caetano conquistou mais um título de peso, o Campeonato Paulista. Com estrelas como Silvio Luiz, Luiz, Dininho, Thiago, Ânderson Lima, Serginho, Triguinho, Marcelo Mattos, Mineiro, Gilberto, Marcinho, Euller e Fabrício Carvalho, o Azulão eliminou São Paulo e Santos antes de fazer a grande final com o Paulista de Jundiaí.

AD São Caetano Campeão Paulista de 2004

AD São Caetano Campeão Paulista de 2004

Duas vitórias no Pacaembu (3 a 1 e 2 a 0), com mais de 20 mil pessoas por jogo, renderam ao time do Grande ABC o lugar mais alto do principal torneio estadual do Brasil.

Ganhou projeção internacional em 2001, quando disputou sua primeira Copa Libertadores da América, vaga conquistada com o vice da João Havelange (atual Campeonato Brasileiro).

São Caetano, cidade do vôlei…

Patrícia Cocco

Patrícia Cocco

São Caetano, abraçou inúmeras outras modalidades, como o Vôlei, onde tivemos muitos destaques, principalmente no feminino. Patrícia Cocco, a Patri, Pá, Pazinha, Pat, Mama, Babyzinha, nascida em nossa Cidade em 14 de Setembro de 1971, virginiana, que iniciou sua trajetória no voleibol aos 13 anos de idade nas categorias de base do São Caetano, foi destaque nas Categoria Juvenil, defendeu o Pão de Açúcar/São Caetano/Colgate na temporada 1990-91.

Foi convocada para a Seleção Brasileira Juvenil para disputar o Mundial da categoria em 1991 e conquistou a medalha de prata.

Disputou em Lima-Peru o Campeonato Sul-Americano de Clubes de 1992 e conquistou o título da competição.

Em 1993, foi convocada para a Seleção Brasileira Principal pelo Técnico Wadson Lima e daí pra frente sua carreira foi maravilhosa, conquistando vários títulos por várias equipes do Brasil.

Foi eleita várias vezes a Melhor Sacadora da Liga Nacional e uma dos destaques da Seleção Brasileira.

Grandes nomes do Basquete também passaram por nossa cidade…

No basquete, Vanda Dal Col, Sulsancaetanense de quatro costados, iniciou sua carreira jogando pelo Colégio Idalina e em seguida passou a frequentar as escolinhas de basquete de nossa cidade.

Esteve em todas as equipes de base e as equipes principais de nossa cidade até 1982, sendo Campeã Paulista, Campeã dos Jogos Regionais e dos Jogos Abertos por muitos anos.

Foi jogadora da Seleção Brasileira de 1979 à 1986, conquistou, o Pré-Olímpico da Bulgária em 1979, em 1983 o Pan-Americano de Caracas (Venezuela) e o IX Mundial de Basquete realizado no Brasil.

Em 1988, encerrou a carreira como jogadora e começou a de treinadora das equipes de base, ficando até o ano de 2012.

A partir daí passou a ser Coordenadora de alto rendimento, que é sua atual função em nossa cidade.

Jogou também por muitos anos pela Seleção Brasileira Masters, disputando o Mundial, o Pan-Americano e o Sul-Americano sempre com enorme sucesso.

Podemos afirmar que essa é uma verdadeira representante do Esporte de nossa querida cidade.

Se quisermos lembrar de 1970, quando São Caetano do Sul montou uma equipe de basquete feminino espetacular, podemos citar as jogadoras, Marlene, Norminha, Delcy, Simone, Rosália e Elzinha.

1974 - Valdir Pagan Perez, Marlene, Simone, Delci, Rosália e Vera Diniz; agachadas: Norminha, Angelina, Odete e Elzinha - Acervo: SCEC

1974 – Valdir Pagan Perez, Marlene, Simone, Delci, Rosália e Vera Diniz; agachadas: Norminha, Angelina, Odete e Elzinha – Acervo: SCEC

A equipe era muito forte e conquistou vários Campeonatos Paulistas e Sul-Americanos, além de Jogos Regionais e Abertos do Interior, era uma equipe top do Basquete nessa época.

Podemos falar também de Hortência de Fátima Marcari, que também começou seus primeiros passos no Basquete em São Caetano jogando pelo São Caetano Esporte Clube. Foi considerada uma das maiores jogadoras de Basquete de todos os tempos, é chamada de Rainha pelo basquete espetacular que sempre mostrou dentro das quadras.

A maior pontuadora da história da Seleção Brasileira com 3.160 pontos em 127 partidas oficiais. Em 1990, bateu o recorde mundial com 121 pontos em uma só partida pelos Jogos Regionais, é a única brasileira que tem sua camisa no Hall da Fama nos Estados Unidos.

Tínhamos grandes atletas, entre elas, Simone, que foi uma grande cantora, começou a jogar em São Caetano, e jogava um basquete de alto nível.

O basquete masculino, também teve destaque no São Caetano E.C., sempre foi um celeiro de craques, onde vários atletas saíram daqui para brilhar em outros rincões. Tive o prazer de jogar quando Juvenil, com o grande e saudoso amigo Sidão um excelente pivô, sob o comando do nosso também saudoso Técnico Seu Zé.

1967 - Basquete, vice-campeão do Interior. Local: Ginásio Lauro Gomes de Almeida. Fiju, Mário Amâncio, Sidnei Colleoni, Eduardão, Laerte Gomes, Edson, Jaú e Cláudio Musumeci; agachados: Moacir, Paulo Agrella, Dante Malavasi, Flávio e Adevanir. Acervo: Sidnei Colleoni

1967 – Basquete, vice-campeão do Interior. Local: Ginásio Lauro Gomes de Almeida. Fiju, Mário Amâncio, Sidnei Colleoni, Eduardão, Laerte Gomes, Edson, Jaú e Cláudio Musumeci; agachados: Moacir, Paulo Agrella, Dante Malavasi, Flávio e Adevanir. Acervo: Sidnei Colleoni

Muitos grandes jogadores de nossa cidade, entre eles, os amigos Edu, Eduardo Nankur, um grande pivô e o pequeno grande Alex Sivuchin, que tinha um arremesso espetacular de grande distância e muitos outros nasceram para o basquete no São Caetano E.C. quando o clube ainda estava na Rua Perrella.

Ginástica Artística nossa maior esperança Olímpica…

Ginástica artística, não podemos deixar de falar sobre o nosso maior craque, o ginasta Arthur Nabarrete Zanetti, nascido em nossa cidade, em 16 de abril de 1990, com 26 anos, atual Campeão Olímpico na Ginástica Artística, modalidade de argolas.

Conquistou medalha de ouro nas argolas, na Universidade em 2011 e 2013, Sul-Americanos em 2010 e 2014, Pan-Americanos em 2011 e 2015, em outubro de 2013, conquistou a medalha de ouro na modalidade de argolas no Campeonato Mundial de Ginástica, disputado na cidade de Antuérpia, Bélgica, quando se tornou o maior atleta brasileiro da história da Ginástica Artística, Campeão Mundial e Olímpico desta modalidade, Olimpíadas em Londres em 2012 e quem sabe Olimpíadas em 2016.

Com todas as dificuldades que passou, com problemas para encontrar local para treinar, salários atrasados, conseguiu ainda ter base para treinar forte e ser um dos favoritos nas Olimpíadas deste ano no Rio de Janeiro.

Atletismo…

Temos que citar também, Ronald Julião, da prova de lançamento de disco do atletismo, foi medalha de prata nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, treina no Centro de Atletismo do BM&F BOVESPA em São Caetano, também com seu foco voltado para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Marcha atlética – Temos que realçar também a presença marcante da família Santarnecchi, nessa modalidade que sempre foi um destaque para a nossa cidade.

Atletismo também foi o forte de São Caetano, tudo começou com a presença de Armando Corujeira um baluarte de São Caetano do Sul, no início era um praticante de atividades físicas no SESI de Santo André, que, por sua dedicação e sensibilidade pelo atletismo acabou sendo convidado para montar uma equipe para o SESI de São Caetano.

Formou uma excelente equipe que passou a ganhar muitos títulos do Troféu Brasil sempre pelo Grêmio Esportivo do SESI de São Caetano do Sul (campeão em 1991, 1992 e vice em 1993, 1994, 1995).

A equipe participou de várias competições durante muitos anos representando São Caetano do Sul composta por atletas e treinadores de nível internacional que trouxeram para a cidade muitas conquistas nacionais e no exterior, além de Maratonas e muitos troféus, sempre sob a batuta de Armando Corujeira, que terminou aproximadamente em 1997, após o seu falecimento.

Futsal…

No futsal, quem não se lembra da Braido, da General Motors, da Alcan, que sempre formaram grandes equipes, com muitos destaques, do Técnico e amigo Luizinho Martorelli, sendo campeão por quase todos os clubes que passou e devemos citar também um profissional de Educação Física, que trabalhou em várias equipes, com muita competência, o professor Daniel Martine, auxiliado muitas vezes por Carlos Alberto (Margarida).

Participei de uma equipe de futebol de salão chamada Modelo, do amigo, alfaiate Caburé, que tinha também vários bons atletas, Marcinho De La Magiora, Balila, e muitos outros.

Judô, sempre orgulho da cidade…

O judô brasileiro ao longo de sua história vem se confirmando como um esporte Olímpico que melhor representa o nosso país nas Olimpíadas Modernas.

São 19 medalhas Olímpicas, sendo 3 de ouro, 3 prata e 13 bronze.

São Caetano deu uma contribuição muito boa, trazendo bons atletas e acomodou vários judocas sempre destaque no judô.
Grandes judocas, medalhistas em Jogos Olímpicos, podemos citar alguns como, Aurélio Miguel, Rogério Sampaio, Carlos Honorato, Tiago Camilo, como também Edinanci e muitas outras, que elevaram o nome de nossa cidade, e transformaram nossa crença em realidade, deixando de ser objeto de fé e passando a ser objeto de júbilo de toda uma nação.

Há pouco mais de um ano, o judoca Rafael Buzacarini, 24 anos, sequer havia recebido a faixa preta, e o menino “gordinho” com seu apelido “Bolo Cru”, que apareceu no clube São Caetano em 2010 para se profissionalizar no judô, já era considerado uma grande promessa.

A busca por uma vaga na categoria meio-pesado (até 100kg) nas Olimpíadas do Rio de Janeiro desse ano, já não estava tão distante, e acabou acontecendo. Lutando os melhores torneios do mundo e enfrentando praticamente todos os judocas que estarão nas Olimpíadas RIO2016, com certeza, todos estão credenciados a fazer uma grande Olimpíada!

Natação…

Natação, Nikita Lobintsev que já está no Brasil para os Jogos Olímpicos do Rio, treinando diariamente em São Caetano do Sul (SP), não poderá participar da competição. O nadador é um dos sete Russos vetados na última segunda-feira pela Federação Internacional de Natação (Fina).

Quatro deles, incluindo a medalhista Olímpica Yulia Efimova, foram barrados por terem histórico de doping, outros três, entre eles Lobintsev e o velocista Vladmir Morozov, forte rival de Bruno Fratus, foram punidos por seus nomes constarem no chamado Relatório McLaren.

Tênis Clube de São Caetano do Sul…

O Tênis Clube de São Caetano do Sul, com sede à Rua Justino Paixão, 367, Jardim São Caetano, foi fundado em 1 de Fevereiro de 2000.

O Tênis Clube por solicitação do DETUR, hoje SEEST, sempre montou as equipes que foram para os Jogos Regionais, quando conquistamos 8 (oito) títulos de Campeão e 8 (oito) dos Jogos Abertos do Interior, no feminino e (dez) títulos de Campeão nos Regionais e 6 (seis) nos Abertos do Interior no masculino até o ano de 2012, após esse ano até hoje, nunca mais nos foi solicitado para participar da montagem das equipes para os Jogos Regionais e Abertos do Interior.

Alunos do PEC - Programa Esportivo Comunitário, no Tênis Clube São Caetano (Foto: Acervo Altevir Anhê)

Alunos do PEC – Programa Esportivo Comunitário, no Tênis Clube São Caetano (Foto: Acervo Altevir Anhê)

Fomos Tetra Campeões Interclubes do Estado de São Paulo, com mais de 50 (cinquenta) clubes, regido pela Federação Paulista de Tênis nos anos de 2002 à 2005.

Após o ano de 2006 não mais disputamos os Jogos Interclubes.

Mais de 40 (quarenta) atletas passaram pelo Tênis Clube e foram estudar, com bolsas de estudos, nas Universidades dos Estados Unidos e em outros países, encaminhados exatamente por serem alunos do nosso Tênis Clube.

Sempre fomos formadores de atletas em diversas categorias, que se destacaram no tênis brasileiro e mundial.

Como exemplo, nossa Atleta Patrícia Medrado foi Campeã Mundial categoria 45 anos.

Nossos atletas ganharam mais de 1000 Títulos Estaduais e 600 Nacionais.

Sempre fomos e continuamos sendo uma Escola de Tênis, onde nossa prioridade é fazer atletas saudáveis, com preparação física e fisiológica, atletas tecnicamente com seus movimentos de tênis corretos, e exatamente por esse treinamento específico conseguimos que muitos desses se tornem atletas de tênis para competirem em alto rendimento, sempre objetivando a revelação de talentos formando um grande celeiro de atletas para benefício de nossa cidade.

– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

Muitos outros nomes que fizeram e ainda fazem parte desta bela história esportiva de São Caetano talvez possam ter passado desapercebidos através de todas estas lembranças expressadas neste caderno especial do Jornal Imprensa ABC que comemora os 139 anos desta cidade.

Porém, esta foi a forma de homenagearmos a nossa querida São Caetano do Sul que sempre foi, e desejamos que continue sendo uma das principais incentivadores do esporte nacional.

“Uma pena que de 2013 prá cá quase nada se conseguiu fazer.”