Quem acompanha as atividades da Câmara de Vereadores de São Caetano de perto percebe de imediato a necessidade de mudanças na vitalidade da Casa e dos parlamentares. Falta engajamento nas discussões das pautas apresentadas e sobra uma imensa zona de conforto dos vereadores.
As últimas eleições municipais demonstraram o desejo das vozes das ruas em renovar 68% dos quadros da Casa, sendo eleitos 13 novos vereadores e reelegendo-se apenas 6. Dos seis parlamentares reconduzidos para mais um mandato, apenas Sidão da Padaria (PMDB) é da velha guarda, eleito para seu quinto mandato.
Vamos recordar e refletir o que aconteceu nas urnas:
32% dos vereadores foram reeleitos, equivalente a 6 cadeiras: Chico Bento (PP), Seraphim (DEM), Marcel Munhoz (PPS), Parra (PSB), Pio Mielo (PMDB) e Sidão da Padaria (PMDB).
68% na Câmara renovou seus quadros, sendo eleitos 13 novas parlamentares: Caio Funaki (PEN), Cesar Oliva (PR), Daniel Cordoba (PSDB), Eduardo Vidoski (PSDB), Marcos Fontes (PSDB), Mauricio Fernandes (DEM), Moacir Rubira (PRB), Olyntho Voltarelli (PSDB), Professor Jander Lira (PP), Ricardo Andrejuk (PSDB), Sueli Nogueira (PMDB), Tite Campanella (PPS) e Ubiratam Figueiredo (PR).
Não se reelegeram os vereadores Aparecido Inácio da Silva (PROS); Eder Xavier (PROS); Fabio Soares (PV); Jose Roberto Espindola Xavier (PMDB); Magali Aparecida (PSD); Paulo Bottura (PTB); Roberto do Proerd (PMDB); e Severo Neto (PROS).
Não concorreram à reeleição: Beto Vidoski (PSDB), o qual foi eleito vice-prefeito de Auricchio (PSDB); Fabio Palacio (PR), pois concorreu e perdeu como candidato a prefeito; Flavio Rstom (PTB) não concorreu à reeleição; Gerson Sartori (PTB) não concorreu à reeleição, porém tentou fazer seu sucessor apoiando Neide Sartori (PSDB) e não conseguiu. Neide obteve 974 votos; e Jorge Salgado (PTB), o qual concorreu a vice-prefeito de Paulo Pinheiro (PMDB) e perdeu; porém tentou eleger o filho Caio Salgado (PTB) e não obteve êxito. Caio conquistou 1.411 votos.
As vozes das ruas e o resultado das urnas demonstram que não há mais espaço para parlamentares esquentarem cadeiras durante as sessões; e muito menos em seus gabinetes. É preciso engajamento dos vereadores na defesa dos interesses da população. É urgente a necessidade de vereadores que elaborem proposituras de impacto para sociedade; usem as sessões para debater as pautas; que discutam na tribuna da Casa os projetos em votação e transforme sua oratória em discursos vindos das ruas e não apenas do Palácio da Cerâmica.
O próximo quadro a assumir a legislatura de 2017 a 2020 é muito bom, composto por vereadores mais jovens e com clara disposição a oxigenar os trabalhos.
Desejamos boa sorte aos edis e acreditamos em tempos de maior vitalidade na Câmara de Vereadores, tanto na nova presidência e administração da Casa de Leis, como na Mesa Diretora e Comissões; forjando um parlamento dinâmico, aberto ao diálogo com a sociedade, transparente e parceiro responsável do Poder Executivo na busca da retomada do desenvolvimento de São Caetano do Sul.
Elísio Peixoto – Presidente da Associação dos Amigos de São Caetano do Sul, dirigente municipal do Movimento Voto Consciente São Caetano e Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral