A taxa de desemprego avançou nas sete cidades em fevereiro, passando de 17,0% no mês anterior para 17,5%. O nível de ocupação na região, no entanto, avançou 1,0%, com a abertura de 11 mil postos de trabalho. Os números são da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Fundação SEAD e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC.
O aumento da ocupação foi o principal destaque do mês passado, de acordo com Cesar Andaku, economista do Dieese. “Ainda não podemos falar em retomada da economia, mas não deixa de ser positivo o fato de mais pessoas estarem voltando ao mercado de trabalho”, afirmou, durante a apresentação da PED.
Em fevereiro, o contingente de ocupados na região passou a ser estimado em 1,148 milhão de pessoas, enquanto o de desempregados atingiu 244 mil, 11 mil a mais do que no mês anterior. A População Economicamente Ativa avançou 1,6%, com 22 mil pessoas ingressando na força de trabalho do ABC, em número superior ao aumento do nível de ocupação.
Setorialmente, este resultado ocorreu devido ao aumento de 3,5% nos Serviços (acréscimo de 22 mil ocupados), apesar da redução de 7,7% na Indústria de Transformação (fechamento de 19 mil vagas) e da relativa estabilidade no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, com geração de mil postos, equivalente a uma leve alta de 0,5%.
Segundo a posição na ocupação, o número de assalariados aumentou 0,6%. No setor privado, o emprego com carteira de trabalho assinada recuou 1,1% e o sem carteira cresceu 3,5%, enquanto no setor público aumentou 10,0%. Entre dezembro e janeiro de 2017, a massa de rendimentos dos ocupados recuou 5,1% e a dos assalariados diminuiu 5,3%.