Complexo se tornou alvo de operação da PF por suspeita de desvio de recursos durante governo anterior
Após obter autorização da Justiça Federal, o prefeito Orlando Morando e seus secretários de Obras, Luciano Eber, de Segurança Urbana, Carlos Alberto dos Santos, de Assuntos Jurídicos, realizaram nesta semana a primeira inspeção nas obras do complexo idealizado – pela antiga gestão – para a construção de um Museu, denominado do Trabalho e do Trabalhador. Em dezembro do ano passado, o empreendimento foi alvo da Operação Hefesta, liderada da Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria-Geral da União (CGU), culminando na prisão temporária de dois ex-secretários de São Bernardo, por suspeita de práticas irregulares e crime de corrupção. Estima-se que cerca de R$ 7,9 milhões foram desviados do projeto.
Após o episódio, a obra foi embargada pela Justiça, que proibiu qualquer acesso a seu canteiro. “Vim conhecer o espaço para saber a real situação desta obra. Deu para perceber o tamanho do local e o volume de recursos que, em minha opinião, foi gasto de forma desnecessária, levando em consideração que a cidade possui outras prioridades. Porém, a obra está aí e meu objetivo é para buscar uma solução”, destacou o prefeito Orlando Morando, durante a vistoria.
“Vamos continuar trabalhando junto com a Justiça para exigir que, se existe uma dívida da construtora, que ela pague e termine a obra. Caso não seja possível, vamos pedir a liberação para desenvolver um novo projeto. O que não queremos é que esse espaço continue do jeito que está. Isso é o símbolo do desrespeito ao dinheiro público”, completou.
A estimativa é que cerca de 62% da parte estrutural da obra já tenha sido concluída, faltando ainda toda a parte elétrica, de acabamento, sistema de ar-condicionado e proteção externa.