Regina Maura Zetone, secretária de Saúde de SCS

Profissionais de saúde de São Caetano são orientados para atuar em casos de gravidez inesperada

Na maioria das vezes, os casos de criança abandonada ocorrem por falta de informação e orientação. A mulher com gravidez inesperada acaba sofrendo uma forte reprovação moral da sociedade e, no desespero, deixa o filho à mercê da sorte. Mas um programa do Tribunal de Justiça do Estado de SP, em parceria com a Prefeitura de São Caetano do Sul, pretende mudar essa realidade.

Na quinta-feira (04), 220 profissionais da saúde do município passaram por uma capacitação, para conhecerem o que diz a lei a respeito desse assunto e prepararem-se para lidar com o caso. “Existe uma situação social complexa, em que essas grávidas não encontram amparo dos pais e, muitas vezes, nem a orientação correta nas unidades de saúde. Por isso, desenvolvemos uma estratégia de ação sobretudo para garantir o direito dessas mulheres”, explica o juiz Eduardo Rezende Melo, que integra a Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJSP.

A capacitação ocorreu no Auditório do DAE. “A nossa gestão de Saúde está aberta para programas importantes como este, que trazem benefícios para a população”, disse a secretária de Saúde, Regina Maura Zetone.

Os profissionais foram orientados a como agir nesses casos. De acordo com a estratégia, a grávida é acolhida e recebe atendimento social e psicológico. E o mais importante é o encaminhamento para a Justiça.

A Justiça fará todo o trâmite para que a criança chegue a uma família que esteja preparada para a doação, evitando inclusive que vá para um abrigo.

A favor

A maior parte dos agentes de saúde capacitados se surpreenderam com o fato de que esses casos podem ser resolvidos pela Justiça.