”Assumimos o governo com R$ 28 mil na conta e mais de R$ 300 milhões em dívidas. Mesmo que esse problema foi criado por gestões anteriores, nós temos o compromisso de devolver aos andreenses o orgulho de viver nessa cidade e essa responsabilidade se tornou nossa. Por isso, agimos com rapidez, mantendo a promessa de pagar em dia os serviços realizados a partir deste ano e analisar, com critério, os contratos de exercícios anteriores”, frisou o prefeito Paulo Serra.

Fornecedores voltam a receber da Prefeitura de Santo André

Mais de 700 fornecedores aguardavam recebimento; atual administração manteve o compromisso anunciado de reequilibrar a saúde financeira

A Prefeitura de Santo André começou a pagar na última semana dívidas com fornecedores que estavam, em alguns casos, há anos sem receber. A iniciativa é fruto de acordos firmados pela Secretaria de Gestão Financeira, com o objetivo de quitar restos a pagar herdados do governo anterior. Quase a totalidade dos fornecedores firmou acordo com a administração e a expectativa é que as negociações que ainda estão em andamento sejam finalizadas ainda neste mês.

O início do pagamento dos débitos com fornecedores ocorreu muito antes do prazo de análise determinado pelo decreto de congelamento de dívidas, segundo o prefeito Paulo Serra, que venceria no mês de julho, graças ao valor economizado com as ações de choque de gestão, como a diminuição de cargos comissionados, devolução de carros oficiais, suspensão das compras e licitações e cancelamento do carnaval.

Entre os meses de abril e maio deste ano, a equipe da Secretaria de Gestão Financeira convocou os fornecedores com pagamentos em atraso para acordarem o recebimento destes valores. Nas reuniões, foram apresentadas a possibilidade de parcelamento dos valores, além de prazos para pagamento de acordo com o decreto. Com as negociações, houve a redução de aproximadamente R$ 1,2 milhão do valor total de R$ 312 mi de dívidas. O processo de pagamento poderá se estender até dezembro de 2020, de acordo com valores de cada fornecedor.

Ao todo, são 742 fornecedores que aguardavam pagamento por seus serviços prestados, sendo 8 deles sem pagamentos desde 2014, 213 desde 2015 e 521 desde 2016. A maior parte das empresas são empreiteiras das áreas de Educação e Obras que executavam construções e manutenções, e empresas de fornecimento de medicamentos na área da Saúde. Deste total, 712 aceitaram a proposta da prefeitura. Trinta empresas que não entraram em acordo ou não retornaram o convite da administração estão sendo convidadas a se apresentar.

Aluguel – Ainda dentro das negociações, a Pasta está tratando separadamente as pendências referentes aos imóveis alugados para a Prefeitura, isso porque faz parte do planejamento da atual gestão diminuir a utilização de espaços locados. A administração tem como objetivo utilizar melhor prédios próprios e assim economizar recursos públicos. No início da atual gestão, o Executivo alugava 54 imóveis para serviços em diversas áreas no valor total de R$ 700 mil por mês. Hoje, a Prefeitura aluga 46 imóveis, no valor total de R$ 535 mil por mês, redução que representa uma economia de quase R$ 2 milhões por ano.