Admir, já era candidato!

Samuel Oliveira

Samuel Oliveira

2 de Junho

O presidente da Câmara de Mauá, Admir Jacomussi, pai do prefeito Atila, preso há 30 dias na Polícia Federal e está sendo transferido para a penitenciária de Tremenbé, por suspeita de fazer parte da máfia do desvio da merenda escolar na cidade, juntamente com seu secretário de governo, – desistiu de concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo nas próximas eleições. Segundo o próprio presidente, não há clima para disputar as eleições com o prefeito preso. Quem sai ganhando com isso, são seus principais adversários políticos que veem mais chances de emplacar suas candidaturas na cidade de Mauá. Deve entrar em pauta novamente no Legislativo mauaense, mais um pedido de impeachment contra o prefeito Atila, agora o pedido deve partir de outra ala dos vereadores e não os oposicionistas. Será que emplaca?

Falta de respeito é o que não falta!

Protestar contra tudo e contra todos é o lema de algumas pessoas que frequentam o plenário do Legislativo de São Caetano nos últimos tempos. Fazer protesto é até democrático, quando se tem uma causa justa, mas, quando se protesta por qualquer coisa chegando ao desrespeito com outro semelhante, já é falta de educação e merece ser repelido. Fez bem o vereador Tite Campanella quando foi interrompido por manifestantes (os de sempre), e pedir que eles ficassem calados e depois poderiam falar o que quisessem. Mas ninguém se pronunciou após o término do discurso do vereador. Tudo para atrapalhar a sessão e quem estava ali para acompanhá-la e não para fazer protestos.

Enrolada, também?…

Outra bronca que o prefeito de Mauá e até a prefeita empossada Alaíde Damo deve responder, é o por que da contratação da ex-deputada Vanessa (cassada), pela prefeitura mauaense na administração e agora é o braço de sua mãe na direção da prefeitura e foi dona de duas secretarias. Afinal de contas, a justiça condenou a deputada e cassou seus direitos políticos e com isso também seus diretos de trabalhar em qualquer autarquia pública por oito anos e agora é funcionária pública. A prefeitura, o prefeito e atual prefeita Alaíde, podem responder na justiça pela contratação irregular da funcionária cassada pela justiça eleitoral. Se não pode trabalhar para o Estado, onde foi proibida de exercer suas funções, porque na prefeitura pode trabalhar. Após assumir sua segunda secretaria a de governo, foi exonerada sumariamente após ação popular no MP.

Avançando domínios…

Não está sendo muito bem vista pelos candidatos mauaenses as investidas de alguns candidatos novados a deputado estadual, o avanço dos domínios políticos devido ao problema enfrentado pela família Jacomussi, cujo prefeito está preso e o pai abandonou as pretensões políticas de um cargo na Assembleia Legislativa na cidade. Isso porque a cidade tem outros candidatos a estadual e federal nas eleições e não só um que descartou sua candidatura. O recado foi dado indiretamente a quem quer avançar os domínios eleitorais de outros pré-candidatos, pensando que a cidade de Mauá estará abandonada as moscas por causa da prisão do prefeito nestas eleições. Vamos aguardar para saber quem são os verdadeiros candidatos mauaenses, afinal, toda cidade merece um representante, principalmente a do porte de Mauá.

Bolsonaro e Lula serão candidatos?

Pela lei da Ficha Limpa, nenhum dos dois poderia ser candidato a Presidente da República nas próximas eleições. O primeiro porque está preso há mais de um mês na Polícia Federal em Curitiba, cumprindo pena de mais de doze anos de prisão por ter recebido benefícios de empreiteiras durante seu mando como presidente e ainda é réu em mais seis processos que podem elevar sua pena caso seja condenado, o outro, é deputado federal e já foi condenado por incitação ao crime de estupro e declarações racistas, e só não foi cassado por um fio. Agora, quem decide se são ou não candidatos é a Justiça Federal, que por sinal já deveria torná-los inelegíveis, quando foram condenados em segunda instância. Essa não é a regra da Ficha Limpa? – se condenado em segunda instância são barrados, por que na demora de uma definição? – Se forem permitidas as candidaturas, a lei definitivamente não é igual para todos os brasileiros.

Qual a verdade sobre o 156?

Depois de serem escrachados por redes televisivas (Globo – Rede TV e Record), os funcionários socorristas do 156 – Ambulâncias de Emergência localizado na rua Vital Brasil, os terceirizados foram demitidos e os concursados afastados sumariamente. A secretária ouviu a versão dos socorristas quanto aos fatos narrados pelas redes de televisão? – ao que tudo indica não o fez. Por qual motivo eles estavam transportando combustível? – era a pedido de algum superior que não tinha combustível, proprietário do veículo que também não se pronunciou em defesa dos funcionários? – Ao chefe só bastava dizer que foi a seu pedido que funcionários foram comprar gasolina com seu veículo e estava tudo em ordem, e não haveria tanto celeuma ao redor do caso e muito menos sensacionalismo televisivo. A secretária também deveria saber que ambulância não usa gasolina e agir rápido e evitar a exposição dos socorristas, visto que, quem filmou só pode ter tido má fé, pois também deve saber que transportar gasolina nestes dias de greve dos caminhoneiros, é o que mais se vê pelas ruas, são motoristas com recipientes a procura de combustível. Que os outros funcionários do 156 não sejam tão inocentes e acatem ordens de pessoas que se omitem quando os problemas aparecem, deixando a bata quente sempre nas mãos dos mais fracos. Que a administração admita profissionais que defendam seus subordinados quando a seus serviços, e não os coloquem em situações degradantes de desrespeito só por terem cumprido ordens. As administrações do ABC estão sendo bombardeadas por seus principais opositores que perderam as eleições passadas, e por isso, toda a cautela é pouca quando as áreas mais sensíveis de qualquer administração está sob fogo cruzado.

Samuel Oliveira

Samuel Oliveira

Jornalista e conta o que de melhor (ou pior) acontece nos bastidores da política da região do ABC.