Pacote de intervenções contemplará novas alças de acesso para os viadutos Adib Chammas, Castelo Branco e implantação de corredores de ônibus
Paulo Serra, prefeito de Santo André assinou contrato com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para obter financiamento de US$ 25 milhões, que será utilizado para obras de mobilidade. O município vai entrar com aporte de outros US$ 25 milhões, totalizando investimento de US$ 50 milhões.
Os recursos do BID serão utilizados para a construção da segunda alça de acesso do viaduto Adib Chammas e de duas novas alças no viaduto Castelo Branco, que será completamente modernizado e irá transpor o rio Tamanduateí. Além disso, serão implantados quatro quilômetros de corredores de ônibus na região central.
“Hoje é um dia muito importante para Santo André e para toda a região, pela conclusão de um processo de recuperação desenvolvido na cidade, mostrando que o governo municipal readequou a questão financeira e econômica, mudando sua classificação de E para B”, afirmou o prefeito Paulo Serra.
Na avaliação de Serra, a assinatura é simbólica por mostrar a recuperação da credibilidade do município. “Isso é um marco e mostra que daqui para frente Santo André está de volta ao mercado, podendo inclusive estabelecer mais projetos com o BID, o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) e o Banco de Desenvolvimento do BRICS”.
O projeto executivo para a construção da nova alça de acesso do viaduto Adib Chammas já está finalizado. O próximo passo é a contratação da empresa que gerenciará o pacote de obras previstas no financiamento, etapa que é uma exigência do BID e que será realizada nos próximos dias. Ainda neste ano será aberta a licitação para definição da construtora que fará a nova alça. A previsão é que a obra custe R$ 12 milhões e fique pronta em 12 meses, a partir da finalização do processo licitatório.
Quanto ao viaduto Castelo Branco, o investimento vai chegar a cerca de R$ 80 milhões. A Prefeitura vai abrir licitação internacional para elaboração do projeto executivo, que custará entre R$ 4 milhões e R$ 6 milhões
O financiamento do BID também será utilizado para viabilizar o Plano de Mobilidade Sustentável, que norteará as políticas públicas de mobilidade urbana na cidade para os próximos 30 anos.
Histórico – O credenciamento junto ao BID para obtenção de recursos para mobilidade teve início em 2013. O cenário de crise econômica enfrentado naquele período e a baixa classificação financeira da cidade prejudicaram o andamento do processo. Em 2017, o BID deu parecer técnico favorável ao financiamento. O projeto então seguiu para a Procuradoria Geral da Fazenda e em abril deste ano foi aprovado no Senado Federal.