Participantes do programa realizam serviços diversos, como limpeza, manutenção e zeladoria em equipamentos públicos (Foto: Alex Cavanha/PSA)

Programa Frente Social de Trabalho une emprego e educação para mudar a vida de moradores de Santo André

Iniciativa vai beneficiar 300 munícipes, incluindo pessoas em situação de vulnerabilidade social

Uma iniciativa da Prefeitura de Santo André que une oferta de emprego e educação tem mudado a vida de moradores da cidade. Lançado em setembro do ano passado, o programa Frente Social de Trabalho já beneficia mais de 170 pessoas, que passaram a ter a oportunidade de conquistar uma ocupação e complementar os estudos. A previsão é que 300 moradores sejam beneficiados.

“Se eu soubesse que era tão bom estudar, não tinha esperado todos esses anos de vida para começar”, conta Evaldo Bernaldo da Silva, de 54 anos, que veio de Recife e reside em Santo André há 19 anos. Passaram-se 35 anos até que ele recebesse uma nova chance de reescrever sua história.

Desempregado há sete anos, o morador do bairro Cata Preta recebeu recentemente um duplo presente: foi chamado para atuar na zeladoria da cidade e ainda fazer parte da turma da EJA (Educação de Jovens e Adultos) da Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Carolina Maria de Jesus.

A oportunidade veio graças ao programa Frente Social de Trabalho, no qual os candidatos aprovados recebem uma vaga de emprego, e dentro da carga horário de trabalho, ainda são alfabetizados, quando necessário, ou capacitados por meio de cursos profissionalizantes. O programa já empregou mais de 170 pessoas em Santo André, que atuam em diversos setores, de acordo com a necessidade de cada local. Podem realizar, por exemplo, serviços gerais, zeladoria, manutenção e limpeza em equipamentos públicos.

“A transformação da nossa cidade já começou a partir da criação de oportunidades que geram emprego e renda para a população. Por isso, estamos cada vez mais focados em atrair investimentos e capacitar estas pessoas, para que possam ser inseridas no mercado de trabalho e recuperem a dignidade e a qualidade de vida”, destacou o prefeito Paulo Serra.

Cerca de 14 mil munícipes participaram das inscrições, que foram encerradas no dia 21 de outubro de 2018. Destas, 351 foram convocadas para a seleção das 300 vagas divulgadas no edital. Novas vagas serão abertas de acordo com a demanda. Através do Cadastro Social Especial, que atende as maiores vulnerabilidades do município, como mulheres vítimas de violência, pessoas em situação de rua, entre outros, foram chamados 29 inscritos, sendo 25 convocados para início no programa.

Entre os benefícios dos contratados estão: um salário mínimo nacional, cesta básica mensal em dinheiro, refeição nos locais de trabalho, ajuda de custo integral para transporte público, seguro de acidentes pessoais e 120 horas anuais de cursos de capacitação. O contrato é de um ano, podendo ser renovado por mais dois anos pelo edital e por mais três anos pelo cadastro social, após avaliação trimestral. Os que se destacarem serão indicados para vagas abertas no CPTER (Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda).

A Prefeitura de Santo André adotou como primordial a formação do trabalhador, reduzindo a hora de trabalho de oito para seis horas diárias e incluindo duas horas de cursos para cada participante do programa.

“Se pudéssemos traduzir em uma palavra este programa, seria ‘oportunidade’. É o que muitas vezes falta às pessoas, e procuramos trazer pelo programa, não somente através da geração de renda, que é extremamente importante, mas principalmente por uma chance de capacitação de vida e profissional, através dos cursos ofertados”, afirmou o secretário de Cidadania e Assistência Social, Marcelo Delsir.