Os osteófitos são protuberâncias de osso e cartilagem, também são chamados de saliências ósseas e possuem até alguns “apelidos” como esporão ou bico de papagaio. Eles se desenvolvem nas articulações que apresentam sinais de degeneração ou regiões que sofrem tração pelas cápsulas, tendões e ligamentos. Também são associados com o tipo mais comum de artrite: a osteoartrite.
Os osteófitos desenvolvem-se tipicamente como uma resposta reparadora pela cartilagem restante em uma articulação danificada ou tensionada. Osteófitos marginais podem se desenvolver na periferia ou margens de todas as articulações.
Osteófitos podem ser diagnosticados por um exame clínico das articulações afetadas onde podemos evidenciar um aumento de volume local (saliência óssea) muitas vezes doloroso.
Também pode ser diagnosticado através de exames de imagem, como raios-x simples. Pacientes acima de 50 anos de idade, em sua maioria mostram alguma evidência de osteófitos e tem relação com o uso/ desgaste. No entanto, a maioria das pessoas com osteófitos são assintomáticos (ou seja, não têm sintomas). Vale a pena também fazer uma investigação reumatológica.
Se sintomático, o tratamento de osteófitos geralmente inclui fisioterapia; analgésicos e anti-inflamatórios; suplementos condroprotetores; órteses de proteção principalmente nos casos de atletas; e cirurgia (uma opção em casos graves).
Ana Paula Simões é Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.