A data foi criada em 1866, em Paris, com o intuito de homenagear uma manifestação feita por americanos trabalhadores em Chicago, que reivindicavam melhores condições trabalhistas. Ato que gerou grande polêmica e infelizmente resultou em algumas mortes, prisões e muita violência.
O dia do trabalho, não só no Brasil como em diversos países do mundo, é um feriado nacional. Seu principal objetivo é realizar festas, manifestações, passeatas, congressos e reivindicações, dentre outras atividades que podem ser benéficas para o trabalhador.
A expressão latina “summum ius, suma iniuria: o excesso de direito conduz à injustiça, cai como uma luva no tempo presente. As grandes conquistas dos trabalhadores ao longo de dois séculos, fizeram com que o empregador buscasse meios de substituir o trabalhador pela automatização, sob o argumento simplista de que o homem não pode ser submetido a trabalho que exija grande esforço físico.
Com isso, muitas profissões desapareceram e estão em vias de desaparecer. No Brasil, principalmente, o sindicalismo selvagem de outrora e gerador de desemprego, hoje ergue a bandeira da manutenção do emprego, renunciando a uma série e conquistas como meio de evitar o fechamento de empresas.
É o que assistimos recentemente aqui em São Caetano do Sul. A General Motors anunciou o fechamento de plantas industriais na América Latina, incluindo aquela instalada em nossa cidade. Graças ao esforço conjunto do Estado, Município e dos representantes dos trabalhadores, fazendo concessões, alcançou-se a promessa de mais investimentos para garantir o funcionamento da indústria por mais uma década.
Chegamos no Brasil, ao expressivo patamar de treze milhões de desempregados. A soma de fatores representados pela agressividade dos Sindicatos no passado e a complacência da Justiça do Trabalho colaboraram muito para esse resultado desastroso. Recentemente, o Poder Legislativo introduziu, em boa hora, alterações na valha Consolidação das Leis do Trabalho, flexibilizando a relação de emprego, como forma de evitar um mal maior.
Acabaram as grandes e ostentadoras festas de 1º de maio das centrais sindicais, com distribuição de prêmios milionários, como apartamentos e carros às custas de contribuições tomadas compulsoriamente dos trabalhadores. Agora, a realidade é outra. O que devemos comemorar neste Primeiro de Maio é apenas a manutenção dos postos de trabalho e olhe lá!
Dr. Mauro Russo