O Governador João Doria anunciou na quarta-feira (1º) que foram definidos os 12 centros que serão responsáveis pelos testes de fase 3, em humanos, da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela empresa farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, uma das mais promissoras em todo o mundo.
“Quero ressaltar que o acordo com a Sinovac prevê explicitamente a transferência de tecnologia para a produção em escala industrial da vacina contra o coronavírus em São Paulo pelo Butantan. E assegurar também que a vacina será distribuída gratuitamente pelo SUS em São Paulo e em todo o país. A capacidade de produção do Instituto Butantan é de 100 milhões de unidades da vacina”, disse o Governador.
Os testes serão realizados em nove mil voluntários em centros de pesquisas de seis estados brasileiros: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan, um dos maiores centros de pesquisa, desenvolvimento e produção de imunobiológicos do mundo.
Na cidade de São Paulo, os testes serão conduzidos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital Israelita Albert Einstein. Também serão envolvidos no estado de São Paulo a Universidade Municipal de São Caetano do Sul – USCS, Hospital das Clínicas da Unicamp em Campinas, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
“Trata-se de um marco histórico, no qual a USCS irá participar ativamente de algo que poderá ser positivo para o País e para o mundo. É um grande reconhecimento para a instituição, como potência na área médica e da Saúde, por meio do curso de Medicina, e da Prefeitura, com quem trabalhamos ativamente nos programas de combate à pandemia”, diz o reitor da USCS Leandro Prearo.
A vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Sinovac é uma das mais promissoras do mundo, porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas. Por isso, o Instituto Butantan avalia que sua incorporação ao sistema de saúde deva ocorrer mais facilmente. O laboratório com sede em Pequim já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.