O presidente cloroquina

Samuel Oliveira

Samuel Oliveira

26 de Março

O lobo perde o pelo, mas não perde o vício, assim é que se porta o presidente Jair Bolsonaro quando se trata da pandemia do coronavírus que já matou mais de 300 mil brasileiros, cem mil em pouco mais de 2 meses e meio.
Agora, depois de mais de um ano, negando que haja crise de saúde no Brasil, e que, “morte de brasileiros é normal, todo mundo morre um dia”, o ilustre presidente cloroquina apelou para o kit covid que também não deu certo, e montou uma farsa na última terça-feira (23).

Como nada dá certo, a não ser as rachadinhas de seus filhos investigados que estão na justiça, a farsa da hora é dizer que ele está trabalhando pela vida, defende o distanciamento social, o uso de máscara (incrível ele estava usando no depoimento), o não uso de cloroquina e aplicação em massa da vacina, a mesma que ele não quer comprar.

Como as coisas mudam de rumo num piscar de olhos nesta farsa de administração masoquista bolsonarista. O que vai vir pela frente agora ninguém sabe!

Grande ABC adere a feriadão

As sete prefeituras do Grande ABC decidiram aderir ao feriadão imposto a cidade de São Paulo, pelo prefeito Bruno Covas. Toda a região ficará fechada no período compreendido ao dia 27 de março até o dia 04 de abril.

O comércio das cidades, terão seus funcionamentos restritos dentro das 06 horas as 17 horas, inclusive os essenciais. Após este período não poderão ser comercializados nenhum tipo de bebida alcóolica em bares e restaurantes. O motivo é para conter a circulação das pessoas entre as cidades. No que no mesmo período todas as nove cidades da baixada santistas, estarão fechadas também para turismo, bem como algumas grandes cidades do interior de São Paulo, dificultando a entrada de pessoas de outras regiões.

Aderindo ao consórcio

Cada vez mais prefeituras estão aderindo ao Consórcio formado pela Frente Nacional de Prefeitos para a aquisição de imunizantes independente dos repasses feitos pelo Ministério da Saúde, através do PNI – Programa Nacional de Imunização, que está lento devido a falta de compromisso do governo federal no início da pandemia que já matou mais de 300 mil pessoas no Brasil e mais de 1 milhão em todo o mundo.

Dentre as cidades que já tem autorização de seus Legislativos para negociarem a compra dos imunizantes diretamente dos laboratórios, junte-se agora no Grande ABC a prefeitura de Mauá, antes foram São Caetano, Santo André e São Bernardo que tiveram aprovados nos legislativos projetos de lei autorizando a adesão ao consórcio e a compra de vacinas.

De herói a vilão

A força tarefa de Curitiba comandada pelo ex-juiz Sergio Moro, chegou ao fim algumas semanas atrás, o que não era novidade que isso aconteceria. A corrupção nas palavras de alguns juristas e equipe presidencial, já não tinha mais sentido para continuar, já tinha punido todos que fizeram ou desfrutaram do dinheiro público nos últimos anos. Enganando a todos que acreditaram nesta história, foi dissolvendo a força tarefa depois que os filhos do presidente Bolsonaro e até ele mesmo entrou na mira da Lava Jato. Daí porque não acabar com ela imediatamente? – não fizeram isso como, como o herói da hora de Curitiba, acabou por virar vilão, após se juntar a Bolsonaro no início de seu governo como ministro de Estado e ser destituído do cargo um ano depois. Agora veio à tona mais uma grave informação para afundar o herói de Curitiba. Mensagens trocadas entre o Ministério Público e Moro, foram consideradas ilegais e seu principal alvo na época, o ex-presidente Lula, ficou livre de todos os processos, e o juiz virou o vilão da história e desacreditado.

E continuam abertos

Mesmo com todo o problema e com fiscalização mais rígida, alguns botecos teimam em abrir colocando em risco de contaminação boa parte da população das cidades. Além da conscientização e do crime que estão cometendo, alguns donos de bares deveriam ser presos porque só multá-los não adianta nada. Todo mundo precisa ganhar seu sustento, mas, não custa nada obedecer a lei e a Polícia Militar – GCM e fiscais da prefeitura agirem corretamente. Há muita aglomeração onde não deveria. Alguns bares fecharam e outros aumentaram a clientela. O que mais parece que está acontecendo é quem deveria fiscalizar e prender, protege estes locais com segurança. Fora as baladas, que saíram de bares e foram para algumas casas e a baderna se prolonga por toda a noite.

De volta a Câmara

A suplente de vereadora Magali Pinto, retornou ao Legislativo sancaetanense para ocupar a vaga do vereador Anacleto Campanella, que assumiu o comando da prefeitura interinamente no dia 1 de janeiro passado, por conta do imbróglio causado pelo prefeito Auricchio, que concorreu ao cargo nas eleições passadas com a candidatura indeferida pela justiça Eleitoral por conta das duas condenações em segunda instância por irregularidades nas prestações de contas da campanha de 2016 e declarado como ficha suja. Magali deve permanecer no cargo até ser resolvido o problema no TSE e a remarcação de novas eleições na cidade que deve ocorrer em breve. O TSE deve se pronunciar dentro do processo nas próximas sessões do Tribunal e resolver a situação de vez. Já está demorando!

Samuel Oliveira

Samuel Oliveira

Jornalista e conta o que de melhor (ou pior) acontece nos bastidores da política da região do ABC.