Comemorada em 23 de junho, a data homenageia todos aqueles que se dedicam a participar dos Jogos Olímpicos; os nadadores Etiene Medeiros e Matheus Gonche, que representam a cidade, já garantiram seus lugares
O Movimento Olímpico nasceu em 23 de junho de 1894, por iniciativa do barão Pierre de Coubertin. A data também marca a celebração do Dia do Atleta Olímpico, que homenageia a todos que se dedicam a participar da competição. Em virtude da pandemia de Coronavírus, muitos competidores viram o sonho ser adiado para 27 de julho de 2021, quando ocorrerá a abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão). Até o momento, a cidade de São Bernardo tem dois atletas confirmados na competição: os nadadores Etiene Medeiros e Matheus Gonche, que representam o município por meio de parceria com o Sesi-SP.
Antes de seguirem para a Itália, no qual vão disputar o tradicional Troféu Sette Colli, de 25 a 27 de junho, em Roma, os atletas foram recebidos pelo prefeito Orlando Morando, acompanhado do secretário de Esportes e Lazer, Alex Mognon. “Os atletas olímpicos são um grande exemplo de disciplina, empenho, esforço físico e psicológico, além de muito espírito de equipe. Estou na torcida por eles e também pelos demais competidores de nossa cidade, que ainda lutam para ter uma vaga na Olimpíada”, afirmou o chefe do Executivo.
Pioneira
A mais vitoriosa nadadora brasileira, a pernambucana Etiene Medeiros, 30 anos, mudou-se para São Bernardo, há dois anos, para ficar mais perto de seu treinador, Fernando Vanzella. Funcionário de carreira da Prefeitura de São Bernardo, o técnico preparou grandes nomes da natação brasileira, como César Cielo e Thiago Pereira. “São Bernardo é uma cidade fria. A adaptação ao clima foi um desafio, mas hoje me considero uma são-bernardense de coração”.
Etiene conquistou grandes resultados na carreira. Em 2008, tornou-se a primeira brasileira a ir ao pódio em um Campeonato Mundial, levando a prata nos 50m costas do Mundial Júnior. Em 2014, foi a primeira mulher medalhista (e campeã) de um Mundial em piscina curta, com o ouro nos 50m costas em Doha (Catar). No ano seguinte, levou o primeiro ouro feminino da história do país em Jogos Pan-Americanos, com o título dos 100m costas em Toronto (Canadá). Dias depois, foi vice-campeã dos 50m costas no Mundial de piscina longa de Kazan (Rússia), garantindo a primeira medalha feminina do país na história do evento. Em 2016, em Windsor (Canadá), foi bicampeã mundial em piscina curta. Em 2017, tornou-se campeã mundial nos 50 m costas, no Mundial de Budapeste (Hungria), com o tempo de 27s14. Etiene fez final olímpica, nos Jogos do Rio, em 2016, nos 50 metros livre, com o tempo de 24s08.
Disputar a Olimpíada em meio à pandemia de coronavírus não assusta a atleta, já vacinada. “Vamos ter de fazer o teste do PCR diariamente. Mas prefiro não pensar nisso nesse momento. Estou concentrada em fazer o meu melhor pela natação brasileira”, completou a nadadora, que assegurou seu lugar nos Jogos no revezamento 4×100 metros livres ao lado de Stephanie Balcuccini, Ana Vieira e Larissa Oliveira, com o tempo de 3min38s59, na Seletiva Olímpica realizada em abril, no Complexo Aquático Maria Lenk.
Primeira vez nos Jogos
O fluminense Matheus Goche, 22 anos, segue para sua primeira Olimpíada. Especialista no nado borboleta, o atleta conquistou o índice na prova dos 100 m, com o tempo de 51s94, na Seletiva Olímpica. O nadador não se deixou abalar pelo cancelamento dos Jogos, em 2020, em virtude da pandemia de Covid-19.
“Vi de uma forma muito positiva, que teria mais tempo para me preparar, evoluir e amadurecer, tanto fisicamente, como mentalmente. Isso me ajudou demais. Cheguei à Seletiva Olímpica muito mais preparado. E em Tóquio, o objetivo é fazer o melhor resultado”, afirmou o nadador, que está vacinado para os Jogos.
Referência
O secretário de Esportes e Lazer, Alex Mogon, enfatizou que o bom resultado dos atletas pode trazer um pouco de alegria neste momento de pandemia. “Eles são fonte de inspiração para as crianças que fazem parte das categorias de base de nossa cidade”. A Prefeitura mantém o Projeto Formação, sediado no CRE Paulicéia, que conta com 100 crianças, de 7 a 12 anos. A ação está paralisada por causa da pandemia de coronavírus. O município também conta com a parceria com o Sesi-SP, que tem dois programas: o Treinamento Esportivo e Rendimento Esportivo. O projeto mantém cerca de 250 atletas, de 7 a 30 anos.