A Câmara de São Bernardo aprovou lei, de autoria do prefeito Orlando Morando, que não permite que prefeituras inadimplentes assumam a direção da Fundação do ABC, que hoje é dirigida pela presidente Adriana Berringer, por indicação da prefeitura de São Caetano. A lei diz claramente que para assumir a direção da entidade regional o município deve estar com as contas em dia junto à Fundação. A situação pode azedar daqui para frente, visto que quem deve indicar o novo presidente para o Biênio 2022/2023 é o prefeito de Santo André que está com as contas atrasadas em cerca de mais de 100 milhões por causa das sequentes penhoras de receitas para pagamentos de precatórios.
Novo round!
A discordância no campo político entre os prefeitos Orlando Morando e Paulo Serra, vem há algum tempo e com a votação da lei aprovada na semana passada e publicada no Notícias do Município de SBC, a legislação altera a lei 1.546, de 1967, justamente a que autorizou a instituição da Fundação. Em sua justificativa, o Paço alegou que o texto visa garantir que a entidade seja dirigida por cidades que não sejam devedoras junto à instituição para que se tenha “gestão mais justa e imparcial”. A lei são-bernardense foi considerada nova edição de conflito entre os prefeitos filiados ao mesmo partido do Governador João Doria, o PSDB. Aguardemos os próximos rounds.
Investigação de revacinação
Se antes o problema causado pela direção da FUABC, foi o fura-fila da vacinação que está sendo investigado pelos vereadores de Santo André, mesmo com o MP de Santo André e São Caetano dizendo que não houve o problema, – outro problema caiu no colo da secretária de Saúde de São Caetano, Regina Maura. Dias atrás foi amplamente divulgado por rede televisiva, – a revacinação de três pessoas que não são ligadas a administração e muito menos a saúde do município, que tomaram a terceira dose da vacina. Se o fura-fila é caso grave, imaginem a revacinação que está sendo investigado pelo Estado. A irregularidade contraria o PNI (Programa Nacional de Imunização) e o PEI (Programa Estadual de Imunização), além de ser crime contra a saúde pública. O biólogo e especialista em biofármacos, Flávio Padilha alertou que ainda não existem estudos sobre os efeitos de uma terceira dose, podendo, inclusive, causar reações sérias.
Mais um problema grave em Mauá
Parece que não acabam nunca os problemas deixados pelo ex-prefeito de Mauá – Atila Jacomussi. Se não é o caso dos não pagamentos de fornecedores, suas prisões pela Polícia Federal , seu impeachment, seu retorno desastroso e até o dinheiro escondido dentro de panelas em sua residência, o encontrado agora pela administração do prefeito Marcelo Oliveira é gritante a derrapagem. Antes de entregarem o cargo ao atual prefeito, sumiram com todos os documentos dos veículos apreendidos no pátio mauaense. São centenas de carros que ali estão sem a documentação para liberação para seus proprietários. Veículos apreendidos que deveriam ser entregues quando houvesse a regularização de documentos pelos proprietários sumiram do escritório e a administração terá de prestar conta. Esse é um caso de polícia que deveria localizar o ex-prefeito e exigir que dê conta de toda a documentação dos veículos sob os cuidados do município.
Frase da Semana
“Esconder de alguns é fácil, mas de muitos se torna complicado. A justiça sempre foi cega para alguns assuntos”