Para que desenvolvemos a linguagem?
A princípio para nos comunicarmos. Para estabelecer diálogo, compartilhar conhecimento e experiência, registrar a história, resolver conflito, manifestar emoção, jogar conversa fora, escrever, ler, falar, raciocinar, e bla, bla, bla, bla, bla, bla. Tudo em prol da evolução e do bom convívio.
Bem que gostaria que fosse tudo assim, mas no meu ir e vir do dia a dia, percebo que temos uma facilidade imensa para distorcer. O que dizemos, nem sempre é o que pensamos. Juramos o que nem sempre é verdade. Uma palavra simples pode ter inúmeros significados ou pra ser sincera, falseamos as emoções discursando expressões de efeito e bonitinhas, mas que tem único intuito, enganar, disfarçar, enrolar, ostentar, “babaquear”. Tudo depende!
Depende da disposição, da intenção. É preciso ser um verdadeiro Sherlock Holmes para descobrir o que o sujeito realmente está dizendo. Falo mesmo de nós, no nosso habitual cotidiano, repleto de distorções e maledicências. Dizemos o que não pensamos. Escrevemos o que não lemos. Somos simpáticos quando queremos algo em troca ou condenamos quando somos frustrados?
Tão cansada estou nesta Torre de Babel.
Ando quieta e devagar. Procuro um espaço pra poder conversar de verdade, mas de verdade, mesmo! Procuro, como já disse Lulu Santos, gente fina, elegante e sincera.