O governo do proto-fascista Bolsonaro tentou no dia 07 de setembro organizar uma réplica da Marcha Sobre Roma de Mussolini. A preparação se iniciou com vários meses de antecedência com grande financiamento de empresários ligados ao bolsonarismo.
Porém, apesar de todo o esforço empreendido, as manifestações não alcançaram o tamanho esperado por Bolsonaro. Não houve o golpe tão esperado pelos seguidores do presidente e Jair Messias ainda teve de dar um passo atrás com a carta escrita por Temer.
Bolsonaro sofreu uma derrota tática, mas não perdeu o jogo. O presidente demonstrou força aos setores da elite brasileira que pensam em desembarcar de seu governo e em excluí-lo do jogo político, por causa da possibilidade crescente de perder as próximas eleições. Bolsonaro demonstra ainda ser o único político de direita que possui apelo de massa e uma base que se mobiliza em sua defesa.
Este fato se tornou ainda mais explícito depois das fracassadas manifestações do dia 12 de Setembro, que tentavam construir uma “terceira via”, nome fantasia da direita liberal que possui o mesmo programa econômico e social do bolsonarismo e agora tenta se colocar como principal representante da burguesia brasileira (tristemente algumas figuras e organizações da esquerda caíram no canto da sereia e embarcaram nos atos do dia 12, chamados pelo MBL).
Há um novo ato pelo impeachment marcado para o dia 02 de Outubro, das forças contrárias a loucura bolsonarista, da verdadeira oposição, que luta contra o programa econômico suicida de Paulo Guedes e levanta as bandeiras contra o desemprego, por maior atuação do Estado como indutor do desenvolvimento, por mais investimento público em saúde, educação, moradia e pesquisa e pelo fim da austeridade autodestrutiva.
Max Marianek
Graduado em História pela CUFSA
Graduando em Biblioteconomia pela USP