Livro “Só as Hienas Matam Sorrindo”, de Aramyz é lançado

Em seu livro de estreia, Aramyz, que tem o mesmo nome do mosqueteiro que queria ser padre, toca fogo na moral e nos bons costumes e mostra que não veio ao mundo pra conceder perdão a nada e ninguém.

Dividido em 21 contos, em forma de monólogos, o autor ignora a norma culta, só usa a letra maiúscula quando fala de Deus ou alguma outra entidade religiosa, abole parágrafos e maltrata a gramática sem nenhum pudor.

“Só as hienas matam sorrindo”, é o retrato de um país, que não se importa com a degradação dos espaços habitados por seus personagens, na maior parte marginais, ou em condições de total miséria humana. O livro é um dos volumes da coleção anti-fascista “Burguês Assustado”, da Editora Urutau/Hecatombe, e com certeza é um dos livros mais cruéis e violentos que o leitor terá em suas mãos. Entre os personagens que habitam a literatura deste maldito, encontramos moradores de rua, desempregados, presidiários, pedófilos, homofóbicos, machistas, racistas, fascistas, policiais corruptos, evangélicos, etc. Com formação eclética, Aramyz passou pela Fundação das Artes em São Caetano, é licenciado em Letras e também em Pedagogia, com pós em Medida Socioeducativa. Este baiano umbandista, filho de mãe cafuza evangélica, é um contestador nato e costuma dizer que seus contos são seus gritos sociais.

Para o dramaturgo Mario Bortolotto, que fez o prefácio, o livro, “é escrita pesadelo pra quem tiver disposto a aguentar o tranco.”

O lançamento do livro acontece dia 19/02/2022, a partir das 19h no Espaço Garganta (Rua Doutor Cesário Mota Júnior, 277 sobreloja, Vila Buarque, São Paulo – próximo a Estação Mackenzie do Metrô).