São Bernardo e São Caetano lideraram a atração de Investimentos entre 2017 e 2019 no Grande ABC

Nota técnica elaborada pelos pesquisadores Bruno Castro e Rafael Rubim do Observatório de Políticas Públicas da USCS aponta forte presença da indústria automotiva na região, apesar da diversificação dos setores econômicos.

O Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura da USCS – CONJUSCS, lançou sua 20ª edição da Carta de Conjuntura no dia 15 de dezembro de 2021, publicação esta que pauta diversos aspectos importantes da região do GRANDE ABC.

A nota técnica número 12 da carta abordou a atração de investimento estrangeiro direto para região, verificando que as cidades de São Bernardo e São Caetano lideraram os aportes financeiros de corporações que iniciaram ou ampliaram suas operações na região do Grande ABC.

Segundo a pesquisa, a região do grande ABC recebeu entre 2017 e 2019 um pouco mais de 27 Bilhões de reais em projetos de investimento. O município com maior montante recebido neste período foi São Bernardo do Campo, com mais de 12 Bilhões de reais em investimentos, seguido por São Caetano do Sul com mais de 9 Bilhões, Santo André com quase 4 Bilhões, Mauá com quase 1 Bilhão, Diadema com aproximadamente 100 milhões e Ribeirão Pires com um pouco mais de 30 milhões.

O destaque negativo ficou por conta do município de Rio Grande da Serra, que no referido período não recebeu aportes de projetos de investimento.

Conforme destacam os responsáveis pelo estudo, os pesquisadores convidados do Observatório Rafael Rubim e Bruno Castro, a região do Grande ABC possui diversos fatores positivos para atração de investimentos, porém, é necessário a promoção de políticas públicas para diversificação da matriz econômica na região: “A região do Grande ABC é uma potência em termos de formação de obra especializada e mercado consumidor, quando olhamos para os números dos investimentos atraídos com uma maior atenção, é possível observar uma diversificação de projetos de investimentos de diversos setores como serviços, comércio, indústria e infraestrutura, porém, os montantes monetários são ainda muito concentrados na indústria, principalmente a automobilística”.

Além disso, os pesquisadores salientaram sobre as características e a importância que as agências de promoção de investimento podem agregar para um município ou região.

“Quando as agências de promoção de investimentos ganham status estratégico dentro da agenda de um governo passa a trazer diversas externalidades positivas, como: aumento da competitividade na atração de investimento, capital estrangeiro não especulativo, capital político, aumento do PIB, melhoria na balança de pagamentos, transferência de habilidades e tecnologia, emprego e renda”, concluíram os pesquisadores.

Para conferir o estudo na íntegra, acesse a Carta de Conjuntura do CONJUSCS, disponível no site: https://noticias.uscs.edu.br/cartas-do-observatorio-conjuscs/