Pimenta do Reino nasceu de uma experiência, quando participava de vivências teatrais. Foram dois anos de intensas atividades, que me auxiliaram no desenvolvimento criativo. Na escrita percebi mais liberdade na expressão, o que me animou muito a continuar compartilhando minhas ideias. Nunca tive a pretensão de me tornar escritora, apenas queria me comunicar.
Numa das aulas o professor pediu que escrevessemos a respeito do que estávamos vivendo no grupo e minha ideia foi criar um conto que descrevesse minha percepção sobre nosso relacionamento. Associei cada pessoa a um animal, e assim surgiu a rainha gata, sua amiga raposa, o macaco, o cão, o coelho, o colibri, o pavão e duas corujas brancas.
Logo depois o que era uma lição de casa se transformou num livro voltado ao público infantil e desde sua edição, em 2008 até hoje, ele me acompanha em contações de histórias e eventos literários.
Em 2021 participei de várias ações literárias nos parques e rua, pela Secretaria de Cultura de São Caetano do Sul e foi assim que conheci Elisangela do Tulip Criativa, que também participava dos eventos com suas contações de histórias musicadas, com recursos de eva, que representam os personagens das narrativas. Tudo muito colorido e alegre, num dinamismo que convida as crianças a participarem da exibição.
E agora, Elisangela mostrou sua vontade de dar vida ao Pimenta do Reino numa exibição. E adivinha como me senti quando soube? Feliz da vida!
Ter uma ideia, transformá-la numa história e ver toda sua criação sendo interpretada por outra pessoa é extremamente gratificante. O que mais desejo ao escrever é tocar os leitores, estimulá-los a refletir, se identificar, voltar-se pra dentro de si, se conhecer um pouco mais. E quando alguém acredita nessa história e quer lhe dar vida com a sua marca, é ver a continuidade da concepção. E assim, eu verei todos os personagens sendo vivificados pelo olhar de Elisangela. Isso é mágico, é arte, é vida!
Imagine que a ideia que surgiu, depositou-se na mente, foi impulsionada pela emoção e passou a existir. É assim quando escrevemos. O processo criativo é uma gestação que traz algo à luz, para unir um ser humano ao outro, formar pontes, despertar o que há lá dentro de nós, gerar comunicação. E assim cada um que toca uma história a leva adiante como numa corrida de bastão. Isso é vida a fluir.
Dia 3 de Abril, no Bosque do Povo, às 11h00, na Estrada das Lágrimas, 320, em São Caetano do Sul, Tulip trará para todos nós o livro Pimenta do Reino, contado e cantado!