Atuação no Governo Lula

Antes mesmo de se iniciar o governo Lula, amplos setores burgueses e da grande mídia já pressionavam o governo eleito, para que ele adotasse medidas favoráveis ao “mercado”, esta entidade fantasmagórica, que sempre exige cada vez mais sacrifícios dos trabalhadores, como um deus raivoso. Desde a posse a queda de braço continua.

Um bom exemplo desse procedimento foi a declaração da senadora Simone Tebet esta semana, afirmando que para haver aumento do salário mínimo é preciso ter corte de gastos no orçamento público. Temos constantemente declarações de outras figuras que tentam jogar o novo governo nos braços de um liberalismo envergonhado e derrotado nas eleições.

Por outro lado, é papel das forças de esquerda pressionar e cobrar para que as promessas de campanha sejam cumpridas, para contrabalançar a força exercida pelos setores burgueses. É atuando de forma ativa que os movimentos sociais, populares e partidos de esquerda têm como auxiliar o governo a implementar uma agenda que contemple os trabalhadores. Esperar pelos conchavos no congresso não parece um caminho frutífero.

É necessário que o governo Lula aumente o salário mínimo, corrija a tabela do imposto de renda, amplie o bolsa família, diminua o preço do gás de cozinha, entre outras medidas, para que as condições de vida do povo trabalhador melhorem, essa atuação, inclusive, será uma das mais eficientes estratégias para barrar o fascismo brasileiro.

O próprio Lula entende essa necessidade e afirma ser necessário cobrar o seu governo com atuação popular. A luta política não se resume às instituições.

Max Marianek
Graduado em História pela CUFSA e funcionário público