Sorrateira, astuta
Sugere venenos mentais, sentimentos nefastos
Não se declara, pois sabe que não é querida
Destrói reputações, tem prazer no cair do alvo
Mente no seu disfarce, rouba viço e deprime
Avarenta, não percebe que seu esforço de ajuntar é vão
Mais apoucado que seu espírito, só outro igual
Com dentes cerrados, sem sorriso, pois triste é
Não tem prazer e seu desprazer inocula no desatento
Vive no escuro da alma, não conhece a luz do sol
Reflete seu rosto no rosto de quem brilha
Rouba-lhe a alegria, que pouco tempo vive
Envenena a si mesma na solidão do seu rancor
Constrói um labirinto sem saída
E não descobre quem de verdade é
Se soubesse, viveria seu tempo
A cultivar o que de potente tem
E abandonaria o doloroso destino
De viver cativa sem ninguém
Ala Voloshyn
Psicóloga. Escritora. Blogueira. Contadora de Histórias. Mediadora de Conversa Filosófica. Blogs: alavoloshyn, livrosvivos - SoundCloud