Esta história foi escrita por James Aggrey, 1875-1927, missionário e pedagogo, nascido em Anomabu, uma cidade de Gana, África. Ele escreveu este texto numa época em que a África tinha todos seus países dominados por nações europeias e o negro era visto como raça inferior. Aggrey quis chamar atenção de seu povo para questionar e refletir sobre esta condição imposta, que não tinha nada de verdadeiro em seu teor.
O livro traz a história de uma águia, que criada desde filhote entre galinhas, como uma galinha, se recusa a abrir suas imensas asas e voar grandes alturas, como é característica de sua espécie. Uma ave nobre é transformada em galinha, que consegue apenas voos rasantes.
Incrível pensar nisto! Um ser de bela magnitude aprisionado em sua essência numa condição inferior. E se transferirmos esta narrativa para a vida humana encontraremos exatamente o mesmo. Quantos de nós com potencial imenso vivemos em quadrantes limitadores, fazendo sufocar a alma, tão carente de expansão e crescimento! Como queria Aggrey, podemos refletir e buscar meios para nos libertar de prisões internas armadas pelo externo opressor.
Leitura inspiradora e rica em conteúdo com ilustrações do fantástico Wolf Erlbruch, que escreveu e ilustrou o magnífico O Pato, a Morte e a Tulipa, exposto neste blog também.
A Águia Que Não Queria Voar é uma obra importante para sua biblioteca! Acredite.