Corredor Verde, utilizado por cerca de 250 ônibus e trólebus, está mais colorido nesta época do ano; são 11 mil árvores plantadas ao longo do percurso de 33 km
Neste início de primavera, muitas flores já começaram a colorir e enfeitar o trajeto do Corredor Metropolitano ABD, que faz a ligação do ABC com a capital por meio de ônibus e trólebus. Nesta época do ano, quem se destaca são as mais de 250 azaleias existentes no percurso, que no clima mais quente florescem nos mais diversos tons de rosa, roxo e vermelho.
Sistema exclusivo de circulação de ônibus e trólebus operado pela concessionária Next Mobilidade e gerenciado pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), o Corredor Metropolitano ABD é conhecido como Corredor Verde, pelas suas milhares de árvores que recebem cuidadosos plantios e manutenções pela concessionária desde 2008.
Com mais de 30 anos de idade, as azaleias foram uma das primeiras espécies a serem plantadas, ainda no início da operação do corredor, nos anos 90. Ao todo, são mais de 11 mil árvores de diferentes espécies plantadas ao longo do trajeto de 33 quilômetros que ligam o bairro de São Mateus, no extremo leste da capital paulista, ao Jabaquara, na zona sul, atravessando municípios do ABC.
Entre as variedades que diversificam a paisagem, o corredor também abriga Manacás-da-Serra, Pata-de-Vaca, Espirradeira, Hibisco, Escova-de-garrafa, Akalifas, Brinco de Princesa, Aroeira, Grevilea e Pau ferro. As árvores frutíferas também marcam presença no trajeto e especialmente nos terminais metropolitanos da EMTU que atendem o corredor, como os pés de goiaba, jaca, caqui e amora.
A manutenção dos canteiros é feita por 16 profissionais da equipe de jardinagem da empresa que opera o corredor. Segundo o chefe da jardinagem e limpeza da Next Mobilidade, Ricardo Martins de Lima, os cuidados vão desde coroamento e adubação a rega noturna todos os dias. “Além do monitoramento diário, a equipe faz podas regulares, rega diária, adubo do solo e tratamentos necessários para dar mais vitalidade e desenvolvimento para as plantas. Tudo com muito cuidado e carinho para manter nosso corredor ainda mais vívido e bonito”, explica Martins.
Todo o material retirado da poda das árvores e grama é encaminhado para uma instituição que capacita pessoas com deficiência para o mercado de trabalho, onde é feita a compostagem desses resíduos. Depois retornam para o corredor como adubo orgânico, substrato com muitos nutrientes que a planta precisa para se desenvolver.
O programa “Corredor Verde” teve início em 2008, com o objetivo de tornar menos árido o entorno da via e melhorar ainda mais a qualidade do ar, isso porque as árvores ajudam na neutralização do CO2. Entre a frota composta por mais de 250 ônibus que operam no corredor atualmente, 90 são elétricos, híbridos e trólebus, tecnologias sustentáveis que poupam a emissão de 21 mil toneladas de CO2 por ano.