Quem conhece à fundo o Grande ABC, sabe que todos os municípios tem histórias de superação e são ligadas entre si, antes de suas emancipações.
Aconteceu com Mauá, São Bernardo, São Caetano, Ribeirão Pires, Santo André e por que não Diadema, que está comemorando seus 64 anos de emancipação no município?
Tudo isso porque, João Ramalho quando aqui aportou, toda a região era uma grande área e com o passar dos anos, foram sendo conquistadas pelos imigrantes e posteriormente sub divididas em vilas e posteriormente em cidades.
Diadema foi uma destas que se transformou em uma grande cidade, e hoje ostenta uma população média circulante de aproximadamente quase 430 mil habitantes, divididos em Campanário; Canhema; Casa Grande; Centro; Conceição; Eldorado; Inamar; Piraporinha; Serraria; Taboão e Vila Nogueira em seus 30,7 quilômetros quadrados.
Sua história remete-se ao século 19, nos anos de 1840, quando o pai do Barão do Tietê adquiriu as terras que ficou conhecida como Sítio da Capela.
No ano de 1923, Antônio Piranga vende a propriedade para a Empresa Urbanista Vila Conceição, que em 1925 abre a estrada de ligação entre o Jabaquara (São Paulo) e o loteamento da Vila Conceição (hoje o centro de Diadema).
Com o crescimento, surgiram figuras ilustres que aqui fincaram raízes e deram importante participação em seu crescimento, como o casal professor Evandro Caiaffa Esquível e sua esposa Sylvia Ramos Esquível.
Não poderíamos deixar de citar o jurista Miguel Reale, que além de escolher o nome da cidade, foi perpetuado com sua famosa e célebre frase: “Diadema é a coroa que orna a cabeça de Nossa Senhora da Conceição”.
Outro fato inédito para a época do Distrito de Diadema, foi a construção do “Grupo Escolar Vila Conceição”, depois João Ramalho, atualmente “Escola Municipal Professor Francisco Daniel Trivinho” nos anos de 1950, bem antes de acontecer o Plebiscito para a aprovação da Emancipação Política de Diadema, em 24 de dezembro de 1958, separando-se de vez do município de São Bernardo do Campo.
Emancipada, toma posse o primeiro prefeito de Diadema no dia 01 de Janeiro de 1960 e os noves vereadores eleitos para o período de quatro anos.
Primeira Câmara eleita em 1960
Os primeiros representantes legais de Diadema foram: Giutaro Tanaka (PTN), que obteve 136 votos, Gustavo Sonnewend Neto (PTN), que conquistou 71 votos, João de Almeida (PSP), com 67 sufrágios, Bernardo Chuster (PTN), com 64, Sebastião Fernandes de Oliveira (PSP), com 58, Antônio Carlos de Freitas Martins (PSP), teve 52, Durvalino Romualdo de Souza (PTN), com a preferência de 48 eleitores, Rubens de Oliveira (PSP), de 47 e Pedro Falaschi (PTN), fechou a lista com 44 votos. No total, os novos parlamentares obtiveram juntos, 587 votos.
Os eleitos foram empossados em Sessão Solene, no dia 1º de janeiro de 1960, na Rua Manoel da Nóbrega, 222, em Salão existente na residência do senhor Manoel Amaral Jr., mais conhecido como Neco. Após solenidade, a Câmara Municipal passou a ter sua primeira sede neste mesmo endereço.
Diadema está em constante progresso desde a emancipação
Após a emancipação e a posse do primeiro prefeito, professor Evandro Caiaffa Esquível, a cidade de Diadema, enfim, consegue evoluir e trazer para seus domínios inúmeras empresas e a industrialização é inevitável, e consequentemente o fluxo migratório se torna realidade, tornando inicialmente uma cidade dormitório.
Com uma população flutuante de 50 mil habitantes, pouco tempo depois chega à casa dos 250 mil em pouco menos de 20 anos, e uma potência que é hoje com quase 450 mil habitantes, se tornando a terceira maior cidade da região do grande ABC em população.
A data de 08 de Dezembro como sendo a do aniversário de Diadema, foi escolhida por ser o dia em Homenagem a Santa Padroeira da Cidade, Imaculada Conceição, que é comemorada no mesmo dia e mês.