Mais uma vez, com conivência e até por descuido, a Câmara Municipal de São Caetano, presidida pelo vereador Eclerson Mielo, votou Projeto de Lei de autoria do prefeito José Auricchio, depois de inaugurada a obra.
Essa não foi a primeira vez, e provavelmente não será a última até o fim do mandato do Executivo, que termina no final de 2024. Isso é preocupante, já que a população pouco ou nada percebe o jogo errado que está acontecendo no meio político da cidade, onde parece se empurrar a carroça para frente dos bois.
O Ministério Público está de olho, tanto que em uma das pisadas de bola dos vereadores e comissões da Câmara, já citou que o prefeito em seu Projeto de Lei do Parque Linear, recebeu aval do Legislativo sem a licença ambiental, mesmo assim a obra continua.
Como presidente da Câmara, Eclerson deveria ao menos exigir do Executivo um pouco mais de respeito com todos os vereadores e a população que se vê vendida com inúmeras obras pela cidade, sem saber se estão regulares.
Os casos se repetem há muito tempo no Legislativo, que é obrigado a votar, sancionar e publicar uma lei, e por vezes a obra já terminou, como foi o caso da Escola Anne Sullivan, que tinha em orçamento municipal verba de R$ 8 milhões destinados à sua manutenção, mas foi demolida a pedido da administração.
Nesta última semana, mais um caso aconteceu. Desta vez foi inaugurado o Centro Tecnológico de São Caetano – algo que será muito útil para o município e que tem até agenda para este sábado -, porém o Projeto de Lei criando o centro, sequer tinha sido lido, votado e aprovado pelos vereadores, e muito menos sancionada e publicada no Diário Oficial a respectiva mudança da lei.
Se isso é governar, os senhores presidente da Câmara e prefeito, estão errando no sentido mais amplo de administração pública, e os atos até podem ser configurados como crime, com a conivência da maioria dos vereadores.
Se persistir este modo de administrar, quem pagará a dívida pelos equívocos graves num futuro próximo será a população da cidade.
A justiça está pronta para agir e coibir estes arremedos administrativos.
A diretoria