O jogo de xadrez se iniciou e as peças já estão se movendo.
Peões e Bispos já se movimentam com mais intensidade e frequência pelo tabuleiro.
Os Peões vão na linha de frente, ainda em passos lentos – às vezes com o primeiro salto maior que a perna -, na expectativa e na esperança de atravessar a salvo todo o campo, sem saber dos perigos que podem vir em seu trajeto. Muitos deles, inclusive, são entregues à própria sorte, para defender peças mais úteis nesse jogo.
Já os Bispos, sempre em alerta, vem percorrendo nas diagonais, analisando o campo e percebendo a hora certa de pegar o ‘inimigo’ de surpresa. Claro, sempre com o cuidado de não ficar desprevenido e ele virar isca fácil nesse jogo tão complexo.
Cavalos e Torres geralmente ficam na área mais defensiva, observando, muitas vezes, sorrateiramente o adversário, para tentar sem muito esforço dar o bote preciso, calculado nos mínimos detalhes. São peças importantes, únicas, que podem passar sobre outras. O Cavalo a todo momento, a Torre pode uma única vez, para proteger o Rei.
Depois destas peças importantes, mas não principais, chega a vez da Rainha.
Ela que poderia ser a mais importante de todo este jogo por sua versatilidade, é utilizada em dois grandes momentos. Primeiro para defender o Rei, e em seguida, para preparar um ataque ao adversário.
Já o Rei, se não desistir e se deitar no tabuleiro, é o ator principal deste campo de batalha. De passo em passo, descobre com quais aliados pode contar durante a partida, define quais serão atirados ao inimigo para defendê-lo, e sabe quem está realmente do lado oposto ao seu.
Seja no xadrez, ou no campo político, os movimentos, as articulações, os blefes, os ataques e as defesas são colocados à mesa, para concluir da melhor maneira o percurso que levará à vitória.
E as peças já estão na mesa.
Xeque!
A Diretoria