Decisão foi tomada conforme orientação das secretarias de Saúde da região, que compõem o GT Saúde da entidade regional
O Grande ABC decidiu, em Assembleia Geral do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, realizada nesta terça-feira (14), manter o estado de emergência para a dengue deliberado em 22 de março deste ano.
A decisão foi tomada em comum acordo entre as prefeituras da região, conforme orientação das secretarias de Saúde dos municípios consorciados, que compõem o Grupo de Trabalho (GT) Saúde do Consórcio ABC. Com isso, seguem em vigor os decretos em Santo André, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Participaram da reunião que gerou a definição o presidente do Consórcio ABC e prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior; a prefeita de Rio Grande da Serra, Penha Fumagalli, e os vice-prefeitos de Ribeirão Pires, Rubão Fernandes, e de Mauá, Celma Dias.
Entre os motivos apontados pelo GT saúde estão a simplificação dos processos de compras emergenciais para responder à epidemia de dengue e o aumento da quantidade de funcionários da saúde afastados por dengue.
Além disso, as secretarias municipais de Saúde têm registrado muitos casos de dengue nos equipamentos de saúde, além da sazonalidade das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), incluindo Influenza A, Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e Covid-19.
“Há o entendimento também dos técnicos da Saúde de que existem muitos casos ainda sem confirmação laboratorial e que podem apontar cenário diferente caso sejam confirmados. Portanto, é muito importante mantermos a região mobilizada para combater os focos do mosquito Aedes aegypti”, afirmou Filippi.
Neste ano, até o dia 10 de maio, as sete cidades do ABC somam 22.872 notificações de dengue, sendo 19.670 casos confirmados e outros 3.202 prováveis. Oficialmente, há confirmação de 20 mortes pela doença e outras 17 em investigação. Os dados são do Painel de Monitoramento de Dengue, Chikungunya e Zika do Governo do Estado de São Paulo.
Segundo as secretarias municipais da Saúde, a perspectiva de melhora do cenário epidemiológico está prevista somente a partir de julho, conforme informaram as secretarias municipais de Saúde.
Outras demandas da saúde
A reunião mensal dos prefeitos também debateu outras pautas relacionadas à Saúde, como a distribuição dos recursos financeiros para as cirurgias eletivas e se os municípios maiores farão a regulação para os municípios menores (fila regional única). Outros temas foram a participação dos municípios na discussão da contratualização dos serviços prestados nos equipamentos de saúde estaduais do Grande ABC (hospitais estaduais e AMEs) existentes e na implementação de um novo Ambulatório Médico de Especialidades (AME) para atender às demandas regionais (ortopedia, neuropediatria, entre outros), além da regulação da Central Regional de Ofertas de Serviço de Saúde (Cross) para Unidade de Pronto Atendimento (UTI) Pediátrica.
“Os secretários municipais apontaram diversas demandas. Vamos solicitar uma reunião com o secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, para que o governo estadual possa nos dar esclarecimentos sobre todas estas questões”, pontuou o presidente do Consórcio ABC.