Quando há dois ou mais casos de dengue em uma determinada localidade e ocorrendo em um mesmo momento, a nebulização é um recurso importante para o combate e controle da doença. Entretanto, o alto índice de recusas por parte dos moradores pode prejudicar o trabalho desenvolvido no combate ao mosquito Aedes aegypti. Neste mês, em cerca de 20% das residências indicadas para receber o fumacê, os agentes da Unidade de Vigilância em Zoonoses de Diadema foram impedidos de entrar para realizar a nebulização.
Entre os motivos alegados estão que a casa está limpa e sem risco, de que não há criadouro de dengue lá ou que já estão doentes, que o cachorro é bravo ou mesmo que não quer receber a equipe. Outra situação vivenciada pelos agentes são as casas fechadas ou sem ninguém para atendimento da equipe.
Segundo a coordenadora da UVZ, Nanci do Carmo, a recusa coloca em risco toda a vizinhança. “Quando aquela localidade é escolhida para fazer a nebulização é porque há casos de dengue lá, ativos e em alta no momento, ou seja, está tendo a circulação viral naquele espaço”, explica.
Como funciona
Antes da nebulização, as equipes da UVZ da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realizam todo o bloqueio, que são as visitas para identificação de possíveis focos de dengue, nas ruas em que ocorrem os casos para eliminar criadouros. Como o produto não atinge a fase larval do mosquito, é importante que a população faça a sua parte e elimine todos os possíveis locais de acúmulo de água. Após o efeito do veneno, se ainda houver larvas, elas se tornarão mosquitos adultos e podem transmitir a doença.
Para denunciar sobre riscos e potenciais criadouros do mosquito, a população pode entrar em contato por telefone (0800 7710963), whatsapp (11 40595892), e-mail ccz@diadema.sp.gov.br e aplicativo Colab 156.