Corrupção é real e concreta

Com o advento das eleições municipais que ocorrem no mês de outubro, muitas pesquisas são apresentadas ao eleitor, elas sendo boas ou ruins para seus candidatos, mas isso não importa. O que importa mesmo, é se elas ajudam ou não os candidatos.

Umas destas pesquisas foi apresentada recentemente e se refere ao grau de honestidade dos candidatos e foi contrata pelo Instituto Não Aceito Corrupção (Inac).

A pesquisa buscou medir a aceitação de múltiplas práticas corruptas. No levantamento da empresa Ágora Pesquisa, foram ouvidos 2.026 eleitores, com idades entre 16 e 75 anos, de diferentes regiões, classes sociais e gêneros.

Os entrevistados também foram questionados sobre a compra de votos. 62% disseram que conhecem alguém que trocou o voto por dinheiro e 54% relataram ter sofrido pelo menos uma tentativa direta de corrupção eleitoral nos últimos dez anos.

O Tribunal Superior Eleitoral diz que a compra de votos (captação ilícita de sufrágio) “ocorre quando a candidata ou o candidato doa, oferece, promete ou entrega para o eleitor qualquer bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza – inclusive emprego ou função pública – para obter seu voto”.

Para o Roberto Livianu, presidente do Inac e procurador de Justiça em São Paulo, os dados evidenciam o deságio da Justiça Eleitoral no Brasil. “A compra de votos é algo real e concreto”, afirmou.

Ainda conforme a pesquisa, a corrupção aparece em oitavo lugar na lista de preocupações da população. Saúde, educação e segurança pública lideram o ranking.

Os eleitores brasileiros voltarão às urnas neste ano para escolher prefeitos e vereadores nas mais de cinco mil cidades do país.

Pense bem antes de votar!

Fonte: Terra