Vereador de Diadema diz que vai atrás da pessoa com quem fez acordo para regularizar a situação
O vereador Cabo Angelo (MDB), de Diadema, está sendo processado pelo Banco Volkswagen por inadimplência no pagamento de parcelas de um financiamento automotivo. O caso ganhou destaque na cidade após o banco entrar com uma ação judicial para cobrar as prestações atrasadas, o que expôs publicamente a situação financeira do parlamentar.
De acordo com a denúncia, Angelo contraiu o financiamento de um veículo, mas deixou de pagar diversas parcelas, o que resultou na cobrança por parte da instituição financeira. No entanto, o vereador afirma que a história é mais complexa e envolve uma negociação informal que teria sido desrespeitada pela outra parte envolvida.
Em nota enviada à nossa reportagem, Cabo Angelo confirmou a existência do financiamento em seu nome e o atraso nas parcelas, mas esclareceu que havia feito um acordo com um terceiro, que deveria assumir o pagamento após algumas parcelas iniciais.
“Fiz uma troca de veículos com uma pessoa que se interessou pelo meu carro, um Chrysler 300C quitado, mas com débitos de IPVA em aberto. O combinado era o seguinte: ele ficaria com meu carro e eu tiraria outro veículo no meu nome, mas ele ficaria responsável por pagar a maior parte do financiamento. Eu pagaria apenas as primeiras parcelas e depois ele assumiria”, explicou o vereador.
Segundo Angelo, as parcelas que estavam sob sua responsabilidade foram todas pagas em dia. O problema começou quando a pessoa com quem ele fez o acordo informal passou a atrasar os pagamentos, o que gerou a dívida com o Banco Volkswagen. Para agravar a situação, o novo carro adquirido no financiamento teve problemas mecânicos, e o vereador não conseguiu pagar pela manutenção e as parcelas simultaneamente.
“Meu carro está parado há seis meses com problemas no motor, e estou pagando aos poucos cerca de R$ 44 mil para consertá-lo. Sem conseguir arcar com os dois compromissos, priorizei o reparo do veículo. Agora, estou atrás da pessoa que deveria estar pagando as parcelas do financiamento, mas ele não cumpre o combinado”, relatou Angelo.
O vereador admite que o acordo informal não tem valor jurídico, mas espera que o esclarecimento ajude a entender sua versão dos fatos. O processo segue em tramitação.