É o que diziam sobre a energia elétrica, até chegarmos à Enel. O que temos visto no ABC e na capital paulista nos últimos dias demonstra que essa opção foi completamente equivocada, e que, infelizmente não foi opção da população e sim daqueles os quais são eleitos por ela.
Agora, vemos políticos e a grande maioria da população aclamando pela reestatização da companhia que cuida da iluminação de nossas cidades.
Grande maioria dos políticos eleitos aqui na região – deputados, prefeitos e vereadores – lutam pela tal da CPI da Enel, onde o norte da proposta é o fim do descaso, algo que soa benéfico a toda população se realmente for conquistado.
Porém, uma grande parcela destes mesmos políticos, lutam pela privatização da Sabesp – a distribuição de nossa água -, fazendo uma certa oposição àquilo que tem lutado com relação a energia elétrica.
Então, podemos nos livrar de um problema e criar outro, em prol de devaneios políticos – ou sabe-se lá o que -, gerado pelas mesmas pessoas em quem confiamos nosso voto.
O certo a dizer é que a privatização de serviços essenciais não dá certo. E olha que grandes nações já testaram isso em seu fornecimento de água, de energia elétrica e de coleta de lixo e enxergaram a necessidade de reestatizar suas empresas entregues à iniciativa privada. Estados Unidos, Canadá, Espanha, Portugal, Alemanha, França, Holanda, Itália, Grã-Bretanha e Japão são exemplos.
Mundialmente falando, os rompimentos e a reestatização foram causados pelo não cumprimento dos contratos, entrega de serviços de péssima qualidade e tarifas altíssimas – estudo realizado pelo Centro de Estudos em Democracia e Sustentabilidade do Transnational Institute (TNI), na Holanda.
Então, por que deveríamos buscar ser diferentes a essa altura da situação que estamos vivendo? Por que somos brasileiros e estamos acostumados a pagar mais caro por tudo? Por incompetência da nossa classe política ou do povo que os elegeu? Por benefícios obscuros a uma minoria? Várias perguntas, com respostas vagas.
É isso que você deseja para seu presente e para o futuro?
É o que perguntamos a você que nos lê.
A Direção