o sol que se mostra
o sol que se oculta
qual deles devo mirar?
quando a escuridão perturba meu pensar
quando a confusão espanta meu andar
não sei para onde olhar
mas meu instinto
nutre meu coração
e me orienta
diz que não há motivo para confusão
se o olhar atender ao chamado do altar
que mostra o mundo manifesto a borbulhar
no ferver do caldeirão
a transformar o que bruto estava em alimento que nutre
ao me alimentar desse guisado
meu olhar não se confunde mais
olha para o alto
e enxerga
o que oculto estava a brilhar no escuro
revelando
o confuso nada mais é
que um olhar para o manifesto
sem a percepção da luz solar
mas obscuro o sol oculto permanecerá
enquanto o olhar rígido e confuso ocultar
o que rege tudo
o que mantém o caldeirão a borbulhar
formando o guisado
que alimenta o andar