Verdade e mentira sempre estiveram presentes na política. Ultimamente o ciclo da mentira começou nas eleições de 2014. Aécio Neves disse ter vencido e até ensaiaram comemorar. Mas Dilma venceu. Do episódio ficou a determinação da direita de não a deixar governar e tirá-la da presidência.
Forjaram outra mentira, as pedaladas fiscais. E houve a traição do vice. Logo após o golpe em Dilma, as pedaladas foram consideradas legais.
Mas o custo foi alto. Foram desmascaradas atuações espúrias da cúpula do PSDB e a direita ficou sem candidato. A saída? Um candidato obscuro de extrema direita, que, entretanto, manejava bem sua projeção em determinados públicos, por meio de aparições na TV e nas redes sociais. Mas era pouco para o propósito. Era necessário desbancar Lula, que seria imbatível.
Outra série de mentiras foram armadas com a Lava Jato. Lula preso. Mas ainda era pouco. Foi encenada a facada no final da campanha. O candidato venceu. Mas ele sempre foi sincero. Disse que a ditadura matou pouco. Que devia ter matado Fernando Henrique. Despejou seu ódio às mulheres e às pessoas negras. Homenageou um torturador na votação do impeachment e por aí a fora.
Ocupou o cargo, mas por não ter capacidade, não governou. Não foi presidente. Delegou as funções ao legislativo, mergulhando o Brasil numa enrascada jurídica com consequências até hoje. Mentiu na pandemia, defendendo a cloroquina; que quem se vacinasse virava jacaré; fingindo falta de ar como a dos infectados pela covid; dizendo que não era coveiro etc. 700 mil mortos.
Mas não aceitava perder o poder. Mentiu sistematicamente sobre as urnas eletrônicas e sobre o judiciário. E ao final, vendo que não seria suficiente, armou um plano de golpe de Estado, envolvendo a elite e as forças armadas.
Sabemos o que aconteceu. Lula venceu. E surgiram atos bárbaros, como manifestações violentas no dia da diplomação, às vésperas do Natal quando foi desativado artefato com potencial de destruir o aeroporto de Brasília matando quem lá estivessem. A culminância foram os atos de 8 de janeiro de 2023.
Mas Bolsonaro, parte da cúpula militar e muitas pessoas mobilizadas para o ato estão presas. A verdade venceu.
Porém a vitória não é definitiva. Nunca será. Direita e extrema direita, manejando a mentira de que agem a favor do país quando na verdade agem movidas por interesses pessoais e de classe, procuram por todos os meios ludibriar a população. Precisamos estar alertas. Especialmente nas eleições legislativas do próximo ano.
Professor Luiz Eduardo Prates
luizprts@hotmail.com