Há quem diga que São Caetano vai ser beneficiado pelo governo estadual e federal, com a implantação no Hospital São Caetano, depois de sanadas todas as suas dívidas, aproximadamente de 60 milhões de reais, – dívida esta por má administração do próprio hospital que já foi referência em todo o grande ABC.
Todos os nossos atuais governantes querem salvar este elefante branco, e livrar a cara dos proprietários de dívidas trabalhistas e sabem mais lá o que eles devem que atingem a vultosa dívida que já vem sendo arrastadas pelos proprietários há algumas décadas, mas ninguém fala nos prejudicados que tinham convênios médicos há muitos anos e ficaram sem um amparo legal.
Tanto quanto o Hospital São Caetano, foi também o Hospital Beneficência Portuguesa com sede na cidade, e foi com uma administração séria, conseguiu se reerguer e aí está trabalhando a todo vapor, o que não aconteceu com o Hospital Nova Gerti abandonado e largado às moscas à alguns anos, e ninguém fala nada. Porque não lá na Nova Gerti a implantação e instalação do Hospital de Retaguarda no município? – será que o local tem dívidas iguais ao hospital São Caetano?
Os governantes de São Caetano nunca pensaram talvez que o local possa resolver mais o problema da cidade do que este elefante branco próximo ao centro da cidade, ou querem esconder da população que o mesmo Hospital Nova Gerti foi administrado pelo atual prefeito Paulo Pinheiro quando faliu e ele ele era vereador? – será que ele tem dívidas tanto quanto o São Caetano?
Investir em hospital de retaguarda é investir em medicina para idosos, porque estes hospitais são nada mais do que lugares para idosos e doentes serem tratados através de internações de longo prazo, porque envelhecimento não é doença, envelhecimento é normal, daí o surgimento e a criação dos hospitais de retaguarda. É o método utilizado pelo Estado (governo estadual e federal) de oferecer a todas as pessoas de menor renda aquilo que as de maior renda tem.
Se a população pensa que, o investimento na Saúde da cidade em hospital de retaguarda irá beneficiar a todos, esqueçam, eles tem público certo e seus leitos serão utilizados somente por quem tem doenças de longa cura e precisam de um cuidado e tratamento específico.
Esqueceram também as autoridades municipais de divulgar este fato a população, porque os leitos serão do Estado e da União e não do município, podendo vir de todos os lugares os pacientes a serem cuidados ali.
Um outro fato também não divulgado pelas autoridades municipais poderá ser o aumento súbito no número de mortos no município, porque eles e seus familiares aqui se instalarão vindas das mais diversas regiões do Estado e do país, visto que haverá verba federal envolvida também na implantação do hospital de retaguarda. O município comportará assumir este risco daqui à alguns anos?
Já não basta São Caetano nos últimos dois anos ser considerada um importadora de pacientes através do Hospital de Emergências Albert Sabin, atendendo todo o grande ABC e parte de São Paulo, agora a situação tende a piorar ainda mais, e em curtíssimo prazo.
Só resta o prefeito e seus secretários, principalmente o de governo (Nilson Bonome), que está costurando todas as parcerias nos últimos 45 dias responder a população quem vai pagar a conta (ninguém sabe ao certo o valor exato), aos ex-administradores do Hospital São Caetano que deram prejuízo à centenas de cidadãos sancaetanenses nos convênios mantidos pelo hospital e deveriam serem ressarcidos, assim como depositar todos os valores em nomes dos ex-funcionários prejudicados com a falência.
A população quer saber quem receberá estes valores e quem serão os beneficiários desta má administração do Hospital São Caetano que perdurou por dezenas de anos e o prefeito Paulo Pinheiro quer indenizá-los o mais breve possível?
O que prevê a lei
A lei prevê atendimento e internação domiciliar pelo Sistema Único de Saúde, mas poucas instituições conseguem oferecer o serviço. O doente que não tem um cuidador responsável por ele após a alta acaba caindo na fila por um leito em hospitais de retaguarda. Esses hospitais são locais para internação de longa duração – em geral, a vida toda – que não requerem investimento em alta tecnologia, centros cirúrgicos etc.