Campanha começou ontem para faixa etária de 9 a 11 anos; em Santo André, doses serão aplicadas nas 33 UBS
As 33 unidades de saúde da rede de atenção básica de saúde de Santo André estão preparadas para a Campanha Nacional de Vacinação Contra o HPV, que iniciou ontem (10). Neste ano, a faixa etária é de 9 a 11 anos, que representa 13.578 meninas no município – em 2014, a primeira dose da vacina foi aplicada de 11 a 13 anos. O objetivo é proteger contra o câncer de colo de útero, segunda principal causa de morte entre mulheres no País.
A campanha, novamente, se dará em três etapas para as meninas de 9 a 11 anos. Após a primeira em março, a segunda ocorrerá seis meses depois – a partir de 1º de setembro. A última fase somente depois de cinco anos. No entanto, isso não impede que as adolescentes, entre 11 e 13 anos, que eventualmente não se imunizaram no ano passado, façam agora. Em 2016, todas as meninas, a partir de nove anos, serão imunizadas na rotina do calendário vacinal do Ministério da Saúde.
No município, a aplicação das doses ocorrerá, a princípio, nas 33 unidades básicas de Saúde, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A orientação é que os pais e/ou responsáveis procurem o posto de saúde referência de sua residência.
HIV/AIDS
Outra novidade da campanha será a extensão da imunização para 33 mil meninas e mulheres no Brasil, entre 9 e 26 anos, com HIV/AIDS. Em Santo André, as soropositivas, que se encaixarem nessa faixa etária, deverão se dirigir ao Armi (Ambulatório de Referência para Moléstias Infecciosas), localizado na Rua das Silveiras, 73, na Vila Guiomar. Ali, a dose será aplicada na sala da vacina, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Segundo a psicóloga Débora Vichessi, coordenadora do Armi, essa população foi incorporada devido à maior facilidade de infecção pelo HPV, exatamente pela redução da eficiência do sistema imunológico decorrente do HIV, conforme demonstram vários estudos.
Neste grupo, o esquema vacinal adotado pelo Ministério da Saúde será mais curto: a primeira dose em março; a segunda aplicada após dois meses (maio) e a terceira, seis meses depois da primeira (setembro). A Secretaria de Saúde não dispõe do número de soropositivas, nessa faixa etária, informatizado.