Medicina ABC terá curso inédito sobre fitoterápicos aberto à população
Intensivão verde: O programa do curso de fitoterapia da FMABC terá início com aula sobre reconhecimento e identificação de espécies de uso medicinal. O próximo passo será identificar aspectos fitoquímicos dos compostos bioativos e conhecer os métodos para extração dessas substâncias ativas nos extratos vegetais. Por último, será feita explanação sobre a ação farmacológica das substâncias no organismo humano, utilizando para isso estudos de casos.
Segundo o professor dos cursos de Ciências Farmacêuticas e Gestão em Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina do ABC, Dr. José Armando-Jr., apesar dos avanços na área, os fitoterápicos ainda são pouco utilizados. “Em recente portaria do Ministério da Saúde, o governo liberou lista de 71 espécies de plantas para estudos, com objetivo de transformá-las em futuros fitoterápicos”, detalha o docente da FMABC, que coordenará o curso ao lado da professora Andréa de Andrade Ruggiero, vice-coordenadora do curso de Ciências Farmacêuticas.
Cerca de 90% dos medicamentos têm origem vegetal e o Brasil detém 25% das espécies do planeta, com grande potencial de utilização farmacêutica. Por esse motivo os grandes laboratórios mundiais investem pesado nesse segmento, vislumbrando duas grandes vantagens do medicamento fitoterápico: controle de qualidade mais eficaz, devido ao rigor na fiscalização pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e preço mais acessível pelo custo de processamento relativamente mais baixo.
“O mercado de fitoterápicos nunca esteve tão aquecido. O controle de qualidade intenso assegura sua confiabilidade e faz com que cada vez mais médicos prescrevam esse tipo de medicamento. Além disso, a cosmetologia é outra área associada às plantas medicinais que está em plena expansão. Esse crescimento está diretamente ligado às descobertas e utilização de extratos vegetais”, afirma Dr. José Armando-Jr.