Mônica Porto indica que risco de rodízio é baixo na Região Metropolitana de São Paulo e defende revisão nas tarifas
A secretária-adjunta de Recursos Hídricos de São Paulo, Mônica Porto afirmou na quarta-feira (18) não trabalhar atualmente com “hipótese de colapso” no sistema de abastecimento de água na Região Metropolitana e afastou o risco de implementação de um rodízio oficial. Mônica também defendeu o fim da atual tarifa mínima da Sabesp, pela qual todo cliente paga no mínimo por dez mil litros por mês, mesmo que gaste menos.
“Hoje a gente não trabalha com hipótese de colapso de jeito nenhum”, disse a secretária-adjunta, durante evento da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes). “Isso pode furar? É pouco provável.”
O cenário leva em conta a atual situação dos reservatórios de água da Grande São Paulo, que é pior do que na mesma época de 2014 em quatro dos seis, mas melhor que no início do ano em todos.
Para que o colapso não aconteça, entretanto, é preciso que a população continue economizando água (81% gastaram menos em fevereiro), as obras emergenciais anunciadas pelo governo sejam concluídas de acordo com o cronograma e em 2015 chova pelo menos o equivalente a 2014 – o mais seco dos últimos 84 anos. Isso manteria “o sistema equilibrado”, afirmou Mônica.
Questionada se, nessa hipótese, a implementação de um rodízio oficial estaria descartado, a secretária-adjunta indicou que sim, mas ressaltou que a atual restrição no fornecimento de água à população deverá continuar em vigor. Algumas dessas medidas, como a redução na pressão nas redes para menos que o mínimo legal e cortes de abastecimento, são investigadas pelo Ministério Público de São Paulo e pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo. “(Caso 2015 não seja mais seco que 2014) a gente continua como estamos. Ou seja, com uma restrição, com as pessoas economizando, com controle com redução de pressão em redes, etc.”