De acordo com a pesquisano comparativo com o mês de outubro, preço do quilo do tomate ficou 69,64% mais caro

Em um mês, quilo do tomate ficou 69,64% mais caro

Problemas climáticos, principalmente a estiagem, foi fator preponderante para o registro deste índice; no comparativo entre outubro e novembro, conjunto de 34 itens subiu 4,83%

Mesmo faltando alguns dias para o fechamento do mês, levantamento mensal da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) aponta que o quilo do tomate ficou 69,64% mais caro se comparado a outubro e foi, disparado, o produto que mais subiu. No geral, o conjunto de 34 itens que compõem a cesta básica também fechou o mês com alta de 4,83%, o que representa um custo adicional de R$ 23,50 para os consumidores do Grande ABC. Enquanto em outubro a custo médio era de R$ 486,22 para todos os itens, agora sai, em média, a R$ 509,73.

“Diferentemente de anos anteriores, em que tradicionalmente o preço do tomate costuma disparar nos meses de maio e junho, em 2015, pela primeira vez, apresentamos um pico de preços, tanto naquela época quanto agora. Os fatores que contribuíram para isso são os problemas climáticos, em especial a estiagem prolongada que, inclusive, ainda prejudica a produção”, justifica o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pela análise dos preços, Fábio Vezzá de Benedeto.

De acordo com a pesquisano comparativo com o mês de outubro, preço do quilo do tomate ficou 69,64% mais caro

Ainda de acordo com Vezzá, os aumentos de 49,95% e 44,54%, respectivamente, na compra dos quilos da batata e da cebola também estão relacionados à questão meteorológica. Entretanto, no caso da cebola, este ano foi o mais crítico. “Os preços mais que dobraram em relação ao ano passado durante o inverno, após isso, com a chegada da safra paulista houve um recuo nos valores, mas que agora voltam a subir com a chegada do final da oferta da cebola paulista”, explica. “A situação força a retomada do abastecimento com bulbos oriundos do sul do país”, conclui.

Outros dois itens a despontarem negativamente na pesquisa foram o açúcar refinado, que subiu 9,09% e, o arroz longo fino, em outros 4, 70%. Já em relação aos produtos que tiveram maior retração de preços no mês, os principais deles foram os 5,62% na unidade do pé de alface; os 5,25% no extrato de tomate com 340 gramas; e, por último no quilo da laranja em mais 3,37%.