“Em cada quadro, combinei a alegria do Carnaval brasileiro, pois nasci numa sexta-feira de carnaval, em São Caetano do Sul, na Rua Capeberibe, os grafismos africanos que conheci nas pesquisas que fiz na África, as características da street art, que estudo há mais de dois anos, e o design e as cores fortes e alegres da cultura nordestina, pela qual sou apaixonado. Em todos eles, trago minhas melhores lembranças, inseridas em potes de vidro”, assim Rafael Murió descreve os trabalhos que farão parte da exposição Rafael Murió – Lembranças, que a Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul abre, na próxima quinta-feira (28/4), às 19h30, na Pinacoteca Municipal (Av. Dr. Augusto de Toledo, nº 255, Bairro Santa Paula).
O artista, que nasceu em São Caetano, em 1954, mas, que há mais de 50 anos, mora no Bairro da Mooca, em São Paulo, produziu 24 obras especialmente para esta mostra, que marca seu retorno a uma exposição individual e uma importante passagem por sua cidade natal. Os trabalhos, que aparecem em diferentes técnicas, como acrílico, óleo, aquarela, pastel, colagem e carvão, remetem ao passado do artista e às suas lembranças de infância e juventude, nas décadas de 1960 e 1970.
“Objetivo, direto e claro, Murió nos leva prontamente a um universo de cores e formas encantadas, mas, sobretudo, seguras, bem posicionadas, orientadas por uma disciplina interior que em nada impede a originalidade e o atrevimento”, explica a coordenadora da Pinacoteca, Neusa Schilaro Scaléa.
O artista – Ao longo de seus 52 anos de carreira, Rafael Murió é destaque por ser um dos artistas brasileiros com maior presença em eventos nacionais e internacionais. Participou de exposições em países como Estados Unidos, Espanha, Rússia, China, Japão, México, Alemanha, entre outros. Nos últimos sete anos, tem sido convidado para expor suas obras no Museu do Louvre, na França. Foi homenageado três vezes pela Rede Globo, no programa Domingão do Faustão, no qual suas obras foram expostas para mais de 50 milhões de expectadores.