Dúzia dos ovos foi o segundo item que mais encareceu nesta semana, 7,08%

Preço da cesta básica abre julho praticamente estável

Embora percentual tenha sido de -0,28% para o conjunto de 34 itens, preço do feijão segue acumulando sucessivas altas e nesta semana ficou 9,48% mais caro

O conjunto de 34 itens que compreendem a cesta básica apresentou custo praticamente estável nesta primeira semana de julho, de acordo com pesquisa realizada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), uma vez que a variação negativa foi de 0,28%, o que representou pequena economia de R$ 1,64. Entre os itens que mais subiram de preço, o destaque segue sendo o feijão, que nesta semana ficou 9,48% mais caro, além do litro do leite que subiu outros 7,08%, bem como a dúzia de ovos, que encareceu outros 3,82%.

Para o técnico agrícola José Marcelo Lisboa, o grão continua acumulando altas devido ao que vem ocorrendo nas últimas semanas. “É inegável que os preços baixos no ano passado que desestimularam o cultivo, a estiagem que ainda gera preocupação, somadas às geadas são os fatores para as altas que temos visto de algumas semanas pra cá”, disse ao reafirmar que não há perspectivas de baixa do preço do produto até as safras de verão.

Em relação ao leite e aos ovos, Lisboa explica que, enquanto para o primeiro o motivo das altas é o início da entressafra com pastagens mais baixas e maiores custos de produção, para o segundo produto a justificativa da elevação de preços pode ser atribuída à diminuição da produção das granjas com o frio, além de maiores gastos com climatização dos galpões.

Quedas – Seguindo caminho inverso, as principais quedas apresentadas nesta semana foram encontradas na batata (13,96%), na cebola (11,92%), no tomate (8,59%) e, na laranja, em 6,06%.

Enquanto para o bulbo, a justificativa é a boa oferta do produto de origem baiana que vem atendendo o mercado de São Paulo, a explicação para o tomate é o aumento das temperaturas que proporcionaram condições para o amadurecimento do item. Já no caso da fruta, as razões são o inverno, o período de safra e menor consumo.