Uma das consequências mais nefastas do uso indiscriminado de celulares por motoristas enquanto dirigem é o fato de essa prática irresponsável aumentar em três vezes o risco de acidentes – sendo tão prejudicial quanto dirigir embriagado, por exemplo. Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP), nos últimos cinco anos a quantidade de multas por uso de celular aumentou 43,29% no Estado.
Entre os anos de 2010 e 2015, as autuações por esse motivo passaram de 80.182 para 114.894. Nos sete primeiros meses deste ano, já foram registradas 63.441 multas por uso de celular ao volante – considerando apenas as infrações registradas em perímetro urbano pela Polícia Militar em nome do Detran.SP. Ou seja, a situação real pode ser ainda mais alarmante.
Segundo o órgão, estudos apontam que dirigir utilizando dispositivos móveis prejudica a atenção e os reflexos do motorista tanto quanto estar sob efeito de álcool, comprometendo seriamente o tempo de reação do condutor. Uma pesquisa do American Automobile Association Foundation for Traffic Safety aponta que, ao usar o celular, o motorista fica em média quatro segundos sem olhar para a via. Se o carro estiver a 90 km por hora, é o mesmo que percorrer a distância de um campo de futebol sem prestar atenção ao trânsito.
Celular na mão, risco de colisão
Segundo a legislação federal de trânsito, enquanto o veículo estiver em movimento, o celular somente pode ser utilizado na função GPS e deve estar preso no para-brisa ou no painel dianteiro em suporte apropriado. Qualquer outra atividade só é permitida com o veículo estacionado – o uso é proibido inclusive durante as paradas temporárias em semáforos, chamadas de “interrupção de marcha”.
Portanto, enquanto dirige, controle a ansiedade de caçar pokemons, fazer selfies, transmissões no Snapchat, enviar ou ler mensagens ou mesmo falar ao telefone.