O desemprego no ABC diminui pelo terceiro mês e é o menor para setembro de toda a série da PED
Nível de ocupação aumenta na Indústria de Transformação e diminui no Comércio e Reparação de Autos e Motos
Pelo terceiro mês consecutivo a taxa de desemprego total na região do ABC diminuiu, atingindo 9,6% em setembro. Em julho, a taxa registrada foi de 10,8% e, em agosto, já havia caído para 10,2%. Os dados foram divulgados hoje (31) durante a apresentação da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED/ABC), realizada pela Fundação Seade e Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Esta é a menor taxa para setembro de toda a série da pesquisa, iniciada em abril de 1998.
Entre agosto e setembro, a taxa de desemprego total apresentou comportamento diferenciado nos demais domínios geográficos para os quais os indicadores da PED são calculados: reduziu-se na Região Metropolitana de São Paulo – RMSP (de 11,6% para 11,3%) e no Município de São Paulo (de 11,4% para 10,8%); e manteve-se em relativa estabilidade nos demais municípios da RMSP, exceto a capital (de 11,8% para 11,9%).
Na região, o contingente de desempregados em setembro foi estimado em 136 mil pessoas, oito mil a menos do que no mês anterior. Esse desempenho foi resultado da geração de 11 mil postos de trabalho (0,9%) e da relativa estabilidade da força de trabalho da região (três mil pessoas a mais, ou 0,2%). A taxa de participação também se manteve relativamente estável (de 61,9% para 62,0%) no período em análise. A principal componente da taxa de desemprego total, a taxa de desemprego aberto, reduziu-se de 8,5% para 7,9%.
O nível de ocupação aumentou 0,9%, em setembro, e o contingente de ocupados no ABC foi estimado em 1.276 mil pessoas. Segundo os principais setores de atividade, o nível de ocupação elevou-se na Indústria de Transformação (1,8%, ou criação de 6 mil postos de trabalho) – com destaque para o segmento da metal-mecânica –, manteve-se relativamente estável nos Serviços (0,3%, ou 2 mil) e reduziu-se no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-3,6%, ou eliminação de 7 mil postos de trabalho).
Segundo posição na ocupação, o número de assalariados elevou-se em 1,5% no mês em análise. No setor privado, aumentou o emprego com carteira de trabalho assinada (1,7%) e diminuiu o sem carteira (-2,5%). Reduziu-se o contingente de autônomos (-2,2%) e cresceu o de empregados domésticos (4,4%).
Entre agosto e setembro, mantiveram-se estáveis as médias de horas semanais trabalhadas por ocupados (41 horas) e assalariados (42 horas) e reduziram-se as proporções de ocupados e assalariados que trabalharam mais do que 44 horas semanais: de 34,0% para 32,8% e de 31,7% para 29,8%, respectivamente.
Entre julho e agosto de 2012, cresceram ligeiramente os rendimentos médios reais de ocupados (0,7%) e assalariados (0,9%), que passaram a equivaler a R$ 1.854 e R$ 1.878, respectivamente. Elevaram-se as massas de rendimentos de ocupados (2,9%) e assalariados (5,4%), em ambos os casos, como decorrência de aumentos dos rendimentos médios reais e, com mais intensidade, dos respectivos níveis de ocupação.
Comportamento em 12 meses
Em setembro de 2012, a taxa de desemprego total na Região do ABC (9,6%) foi inferior à registrada há 12 meses (10,0%). Nessa mesma base de comparação, a taxa de desemprego aberto variou de 8,2% para 7,9%.
Em termos absolutos, o contingente de desempregados manteve-se relativamente estável (menos 1 mil pessoas, ou -0,7%), resultado da geração de postos de trabalho (39 mil, ou 3,2%) em número semelhante ao de pessoas que se incorporaram à força de trabalho da região (38 mil, ou 2,8%). A taxa de participação elevou-se de 61,3% para 62,0%, neste período de 12 meses.
Entre setembro de 2011 e de 2012, o nível de ocupação cresceu 3,2%, variação pouco inferior à registrada no mês anterior, nessa base de comparação. Sob a ótica setorial, esse resultado decorreu da expansão do contingente de ocupados nos Serviços (11,9%, ou criação de 71 mil postos de trabalho), que mais que compensou a redução no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-5,9%, ou eliminação de 12 mil postos de trabalho) e na Indústria de Transformação (-2,6%, ou -9 mil).
O assalariamento total aumentou 1,5% na comparação de 12 meses. No setor privado, reduziu-se o número de empregados com carteira de trabalho assinada (-2,5%) e elevou-se o de sem carteira (6,4%). Aumentaram os contingentes de autônomos (6,5%) e de empregados domésticos (7,6%).
Entre agosto de 2011 e de 2012, elevaram-se os rendimentos médios reais de ocupados (11,6%) e assalariados (10,6%). Também se expandiram as massas de rendimentos de ocupados (15,4%) e assalariados (13,3%), em ambos os casos, em decorrência de aumentos dos rendimentos médios e, em menor medida, dos níveis de ocupação.