Com o apoio de renomados especialistas, a Braz Cubas começa uma nova trajetória na educação brasileira, unindo modelo de aprendizagem inovador – sem avaliação ou disciplinas, mas projetos – e gratuito para professores de escolas públicas.
Numa viagem aos Estados Unidos, em 2015, depois de visitar o Centro Lemann para o Empreendedorismo e Inovação na Educação Brasileira, a Braz Cubas – instituição de ensino superior de Mogi das Cruzes, em São Paulo – encontrou inspiração para lançar um novo projeto, com modelos de ensino inovadores, e a intenção de compartilhar essas novas metodologias por todo o país.
“A qualidade da educação é nossa preocupação há bastante tempo. E buscamos soluções para melhorar o ensino público porque percebemos um ciclo vicioso – professores que têm dificuldade para ensinar – porque precisam se familiarizar com novas metodologias e tecnologias – e alunos que saem das aulas sem aprender”, explica José Maria Silva Junior, relações institucionais da Braz Cubas, sobre a essência do projeto TED – Transformando a Educação .
Há dois anos, os profissionais envolvidos com o TED estão inovando em vários cursos da Braz Cubas. E o projeto tem como uma das principais iniciativas a pós graduação em Gestão da Aprendizagem, que está na primeira turma. Participam 42 professores de escolas públicas, dos ensinos básico ao médio. A mensalidade é custeada pela própria Braz Cubas e os professores, para participar da pós, são selecionados a partir dos projetos que desejam desenvolver nas escolas onde atuam. Dos 42 inscritos, 30% são de educação inclusiva – focados em crianças com dificuldade no aprendizado.
Para avaliar os primeiros resultados e fazer sugestões para a melhoria contínua da pós em Gestão da Aprendizagem, um grupo de especialistas em educação se reunirá três vezes ao longo do curso para analisar o andamento, as metodologias e os novos rumos do projeto. Afinal, o curso está sendo desenhado enquanto ocorre, de acordo com as necessidades de aprendizagem de cada aluno e seguindo as exigências do MEC.
Nomes como José Moran – fundador da Escola do Futuro e que trabalha soluções educacionais inovadoras; Lilian Bacich – do Instituto Singularidades; Silvana Tamassia – do Instituto Elos; Caio Dib – do projeto Caindo no Brasil; além de Luciana Allan – do Instituto Crescer; Maria Slemenson – do Instituto Natura; e Vinícius de Oliveira – do Instituto Porvir –, participaram do primeiro encontro e falaram sobre a inovação do projeto estar, entre outras coisas, em fomentar o autoconhecimento dos professores. Ao compreender como é o seu perfil, o professor analisará de que forma ele facilita ou atrapalha as relações educacionais.
“O perfil dos alunos mudou, principalmente entre aqueles nascidos na Era Digital. E a revolução na educação é uma necessidade que requer profissionais capazes de transformar o ensino na sala de aula. Para isso, esses professores do futuro precisam de ferramentas que os fortaleçam a promover disrupções na educação, e atendam novas demandas que ainda se desenham”, reflete Silva Junior.
Para conectar e desafiar os novos estudantes, quem participa da pós em Gestão da Aprendizagem também experimenta essa nova cultura de ensino na prática. Primeiro, ao começar o curso, o participante precisa ter um projeto. É a partir dele que todo o ensino se molda, com mentorias individuais online, sessões de coach – para promover o autoconhecimento –, e encontros presenciais uma vez por mês. É nesse momento que o professor/estudante compartilha conhecimentos e soluções e participa de dinâmicas que abram espaço para a confiança e inovação.
Outra novidade do curso é rever o conceito de avaliação. Sem provas, notas ou conceitos, o professor/estudante é avaliado pelo resultado do projeto. “Tudo o que se desenvolve durante o projeto conta como produção e não avaliação”, ressalta Silva Junior.
A metodologia se resume da seguinte forma:
1. Aluno empreendedor: O aluno constrói sua própria jornada de aprendizagem, 100% flexível, e é o autor dos seus projetos.
2. Educação personalizada, conteúdo exclusivo desenvolvido para cada grupo de alunos, com mentoria individual.
3. Aprendizagem horizontal: Relação de troca entre todos os participantes do processo educativo.
4. Experiência prática: foco no “fazer acontecer” e “aprender fazendo”.
A metodologia desenvolvida tem a intenção de oferecer à educação brasileira um novo modelo de aprendizagem, que possa ser expandido para outras instituições, mas não replicado na íntegra porque se compreende as singularidades de cada local. No próximo ano, a Braz Cubas irá oferecer a pós em Gestão da Educação em um dos seus polos no Estado de São Paulo. E está definindo o modelo de expansão para outros Estados, o que pode passar por parcerias com prefeituras, por exemplo. Outra forma de universalizar o acesso às soluções e inovações construídas durante o curso são as publicações online, que serão abertas para a consulta de todos.
Esse é o futuro não só da educação. O compartilhamento de conhecimento fortalece todo o sistema e leva à evolução.
Outras informações sobre o TED no site brazcubas.br/ted
Sobre a Braz Cubas:
Há quase 80 anos, a Braz Cubas oferece ensino de qualidade, com foco em empregabilidade, a alunos de cursos presenciais e EAD. Ao todo, são 15 mil alunos na graduação – entre presencial e EAD –, 1,5 mil na pós-graduação e outros 300 em cursos técnicos. Além do Campus em Mogi das Cruzes, em São Paulo, a universidade tem 42 polos de Educação a Distância em 12 Estados, e, até 2018, deverá chegar a mais de 100 cidades e 20 Estados com novos polos de apoio presencial. A Braz Cubas oferta 32 cursos de graduação, mais de 100 cursos na pós-graduação lato sensu e 11 cursos no ensino técnico, na modalidade a distância.