Santo André propõe lei que proíbe fogos de artifício

Proposta visa acabar com acidentes causados por artefatos pirotécnicos

O Executivo de Santo André elaborou projeto de lei que proíbe o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso no município. A proposta foi protocolada na Câmara Municipal. De acordo com dados do Ministério da Saúde, de 2008 a 2016, 4.577 pessoas foram internadas no país para tratamento por aci-dentes com fogos de artifício.

Além de representar risco às pessoas, os fogos de artifício também são potencial ameaça para os animais. A queima de artifícios e artefatos pirotécnicos causa traumas irreversíveis nos bichos, especialmente aqueles que trazem alguma sensibilidade auditiva. A poluição sonora causada ainda provoca perturbação de pacientes em hospitais e clínicas. O ruído provocado pela queima dos fogos pode ultrapassar 125dB, o que equivale ao som de um avião a jato, muito acima do suportável.

“A poluição sonora é considerada uma das formas mais graves de agressão ao homem e ao meio ambiente, sendo um sério problema de saúde pública. Já combatemos este problema de maneira constante por meio da Operação Sono Tranquilo e agora vamos atuar em uma nova frente, com o objetivo de garantir o sossego público e também evitar acidentes”, afirmou o prefeito Paulo Serra.

A proibição prevista no projeto de lei vale pare áreas públicas e locais privados, em recintos abertos ou fechados. A multa para quem infringir a lei será de 500 FMPs, o que equivale hoje a R$ 1926,35. Em caso de reincidência, dentro de um prazo de 30 dias, o valor da multa será dobrado.