Mauá quebra contrato com fundação ABC

Calote é eminente também a fornecedores.

Que a prefeitura de Mauá já não vem pagando corretamente seus fornecedores há vários anos, isso é fato, desde a administração passada, que os atrasos são de meses, e até anos, como é o caso da Sabesp, que a dívida sobe mensalmente e a autarquia estadual não pode cortar o fornecimento senão causaria um caos no município por causa da ingerência de seus governantes.

A bola da vez, sempre foi a Sabesp e a dívida bilionária de Mauá, – agora soma-se também a dívida com a Fundação do ABC que administra a Saúde do Município e mantém mais de 1650 funcionários (Hospital Nardini e nas UPAS) que deverão ser dispensados imediatamente por causa da quebra de contrato e a dívida que já ultrapassa a casa dos 130 milhões nos últimos três anos sem ao menos conseguir negociar com a instituição uma saída para a crise que afeta toda a rede de saúde da cidade e por conseguinte, toda a população do município que ficará sem atendimento médico.

A irresponsabilidade da administração de Mauá, não para por aí. Seu prefeito eleito, depois de ser preso pela Polícia Federal na Operação da Merenda Escolar, com dinheiro de propinas em sua residência, e solto depois de mais de dois meses, está proibido de entrar na prefeitura que está sendo administrada pela interina, Alaíde Damo, que também já está sendo acusada de pagar fornecedores familiares e amigos, e não pagar na ordem de vencimentos, privilegiando seus amigos próximos em detrimento de outros.

Este é somente um problemas causados pela interina, a qual já foi pedido seu afastamento no Legislativo, visto que não tem condições de administrar a cidade, que além deste problemas também tem inúmeros serviços contratados e não pagos, porque foram feitos sem o devido empenho de verba, o que é proibido por lei, gerando um caos entre vários fornecedores em todas as secretarias, sendo que só em uma delas, a de comunicação, a soma já ultrapassa a casos dos 8 milhões de reais, problema este que que se arrasta desde o início da administração quando o prefeito ainda era o eleito Átila Jacomussi.

Em reposta ao problema gerado pela administração, o atual secretário de Saúde de Mauá, acredita que fora da Fundação, a cidade terá melhores condições de atender a população. Será verdade ou é somente uma especulação para arrastar a dívida com a entidade, deixando-a para ser rateada pelas prefeituras da região.

Tanto a população de Mauá que necessitam dos serviços médicos, quanto aos milhares de funcionários que serão demitidos imediatamente, serão os prejudicados por este imbróglio envolvendo a prefeitura de Mauá e a fundação, que alega serem justos os valores cobrados da administração que em alguns meses chegou a ser de mais de 22 milhões mês, quando no contrato a previsão era de aproximadamente 15 milhões.

Crise

A situação dos trabalhadores(as) da Fundação do ABC, de acordo com o SindSaúde ABC é grave em todos os municípios e vem se arrastando desde 2016, quando a empresa não fechou acordo de reajuste da Campanha Salarial e o Sindicato enviou o processo para dissídio, o mesmo acontecendo em 2017. Os processos dos dois anos encontram-se em tramitação no Tribunal Regional do Trabalho, acumulando perda de cerca de 15%, sem contar multas e juros.