Vereadores com medo?

Samuel Oliveira

Samuel Oliveira

16 de Março

Depois dos últimos acontecimentos que assolaram o grande ABC, os políticos da região estão com as barbas de molho, e a população não quer nem saber deles, porque só lembram da população em épocas eleitorais e em catástrofes, como a que ocorreu na região no último domingo para segunda-feira, quando a chuva intensa provocou alagamentos em toda a região e parte da cidade de São Paulo. Quem quis levar vantagem sobre a população atingida pela enchente, foi muito mal recebido pelos moradores. Alguns foram até ameaçados de agressão e expulsos dos locais atingidos, ao fazer demagogia com os acontecimentos. Se não é para ajudar, “políticos devem ficar longe” -, foi o lema adotado pela população que perdeu tudo com as enchentes.

Moradores se solidarizam

Como o povo brasileiro é solidário com os outros. A solidariedade entre a população atingida pela enchente, é espetacular. Até quem não tem condições de ajudar está ajudando, e isso acontece em todas as cidade da região, onde famílias se prontificaram a recolher ajuda para doar aos necessitados que perderam tudo. Desde um simples travesseiro, até moveis e utensílios domésticos estão arrecadando. Não adianta as administrações darem cestas básicas, se a população não tem um fogão para fazer sua alimentação. Algumas famílias estão doando alimentos prontos, aos flagelados da enchente. É muita gente necessitada. Calcula-se que haja mais de 5 mil famílias, só no grande ABC, que perderam tudo e terão de recomeçar de novo.

Marcado por tragédias…

O ano de 2019, já foi marcado como o ano das grandes tragédias e desastres naturais. A de Brumadinho – cidade de Minas Gerais, que matou mais de 200 pessoas e tem mais um outro tanto desaparecida em meio a lama da barragem da cia Vale que rompeu por falta de segurança, destruiu uma cidade inteira e provou ser um grande desastre ambiental que nunca mais vai ser reparado. Agora as enchentes, que destruíram boa parte do Grande ABC e São Paulo e deixaram prejuízos a milhares de pessoas no início desta semana e na última quarta-feira, o assassinato em massa de adolescentes em uma escola da região, como saldo de morte de oito alunos e funcionários, e feridos mais de 20 pessoas. Assassinato este cometido por somente dois doentes (não existe outro termo para classificá-los), que se mataram em seguida. Isso, somente em menos de três meses. Ainda tem mais dez meses pela frente, tomara que não tenha mais nenhum acontecimento grave nos próximos meses…

Esporte e lazer sucateado

Não é de hoje que o esporte e lazer de São Caetano, está estagnado. Quase todas as modalidades esportivas perderam espaço na cidade, passando pelo futebol amador e terminando com as famosas escolinhas do PEC que reuniam milhares de crianças em clubes esportivos como Luiz Gama, Abrev Barcelona, São José que também abrigou a BMF/Bovespa até o ano passado e o por que não dizer do CRE Tamoyo que está completando 75 anos. A decadência esportiva de São Caetano, teve início com a saída de Walter Figueira e Mauro Chekin da administração do esporte municipal e sua dedicação contínua. Com a politização da Secretaria de Esportes e a municipalização dos clubes teve início a decadência e o sucateamento do equipamento público esportivo municipal e abandonando as praças públicas às moscas. A última grande tacada da secretaria, foi tirar até o espaço da escola de ballet que mandava aulas na quadra do CRE Tamoyo, depois de proibirem de usar o campo de futebol e tirar a PEC / judô que funcionava no local. Os moradores dos bairros localizados estes clubes pedem providências para que eles voltem a funcionar o mais breve possível…

Oitiva da vice em Mauá

A vice prefeita de Mauá, Alaíde Damo, foi ouvida pelos vereadores de Mauá em oitiva, que analisa o pedido de impeachment do prefeito Atila Jacomussi. A vice-prefeita foi indagada pela comissão processante se houve vacância ou não na ausência do prefeito nos dois períodos em que assumiu interinamente a prefeitura totalizando cerca de seis meses, sendo que a defesa do prefeito Atila, pediu ao Executivo, que seja disponibilizado para a comissão om livro de transmissão de posses dos prefeitos de Mauá.
Lembrando que, o Ministério Público investiga na ausência do prefeito Atila, se houve ou não crime de improbidade administrativa cometido pela interina nas épocas, quando nas contratações de seus parentes para cargos importantes da administração pública mauaense, sendo depois desligados pelo prefeito quando assumiu.

Foto oitiva da Alaíde Damo

Depois das enchentes…

O que mais se fala na região, é o assassinato de alunos e funcionários de escola estadual em Suzano, região metropolitana de São Paulo na última quarta-feira de manhã, quando dois assassinos invadiram a escola e mataram 5 alunos e duas funcionárias, e depois se suicidaram e a reunião dos prefeitos das sete cidades depois da catástrofe que assolou todos o grande ABC com enchentes, a maior dos últimos 30 anos. Do jeito que a reunião aconteceu, só uma catástrofe do tamanho da que ocorreu na região para reunir os prefeitos e o estado, para buscar uma solução. Será que vai ter? – segundo dados divulgados, boa parte dos recursos destinados nos últimos anos para o combate as enchentes não foram utilizados pelos governantes. Por quê?

Imóveis abandonados

A Câmara de São Caetano aprovou em sessões extraordinárias na última quinta-feira, projeto de lei de autoria do prefeito José Auricchio, que estabelece normas para desapropriar imóveis abandonados dentro do município, e, utilizá-los consequentemente para uso da administração, visto que muitos imóveis que estão neste estado, estão com taxas e impostos atrasados. Enquanto que a prefeitura paga aluguel de imóveis para abrigar secretarias e autarquias municipais, estes imóveis abandonados poderão ser utilizados pela administração pública para esta finalidade. Igual lei foi promulgada ano passado pelo prefeito de São Bernardo e já está em vigor.

Samuel Oliveira

Samuel Oliveira

Jornalista e conta o que de melhor (ou pior) acontece nos bastidores da política da região do ABC.