Vejo tanta bobagem com roupagem de intelectualidade. Coisas feias, sem nenhuma estética mesmo, aplaudidas como arte ou liberdade de expressão. Há os que usam a calunia como usam suas calças, todos os dias, como meio de atingir seus objetivos sórdidos e bem pequenos, porque tudo que tem o egoísmo como motivo é pequeno, sem graça e efêmero. As ideias que sustentam a vida são muito mais interessantes e magnânimas! Uns se orgulham de sua religião ou colégio iniciático, acreditando que isto os enobrece, mas cospem no chão na primeira esquina, com cuidado para não serem vistos. A ética se arrasta pelo chão. O medíocre, o mal, o mau, se acotovelam na multidão. Gente torpe adquire notoriedade às custas de quem lhes oferece o ombro, por ingenuidade ou troca de favores.
Vixe! Todos tocam a mesma toada? Não! Mas onde estão os que não se
afinizam com essa baixeza humana? Calados? Escondidos? Solitários?
Indignados? Enfraquecidos? Desanimados? Endividados? Onde estão, que não surgem para fazer frente e assumir sua ética e potência? Onde estão que deixam esta corrente mortífera passar impune e se fortalecer a cada ato? Onde?
Se a omissão imperar entre aqueles que podem contribuir para a elevação humana, não mudaremos nada. A destruição invadirá cada espaço que se encontrar vazio e descuidado.
Qual o seu compromisso com o que é bom, belo, evolutivo? Quantas atitudes assumem a favor do crescimento de todos? Quanto insiste em não abandonar seu posto de ser humano digno de sua espécie? Quanto ainda irá reclamar da sujeira a solta e não fazer nada para imprimir novo rumo ou pelo menos não permitir que esta lama invada um espaço maior? Quanto ainda irá se queixar de solidão e não se unir àqueles que compactuam com o elevado também?
A omissão é tão indigna quanto a falta de ética, egoísmo e a brutalidade espiritual.
Ficar no seu quintal, cuidando das flores do seu jardim, sem olhar para o que o cerca além de suas fronteiras, pode não ser suficiente para imprimir colorido e luz ao cinza que nos oprime a alma.